improvement makes straight roads, but the crooked roads without improvement, are roads of genius. william blake <>if music be the food of love, play on… William Shakespeare
.
Ele há coisas na vida que realmente são regeneradoras e que aguçam a criatividade. Por isso, e a pedido de várias famílias, e como parece que isto já vai sendo quase que uma colecção de 'cromos' aqui vai o registo / inventário do nick camaleão...

PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A 'BUSCA DE SOLUÇÕES' EM DETRIMENTO DA 'ESPECULAÇÃO'?

JÁ AGORA: PODE O GOVERNO, A CM DE ESPINHO E A REFER SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS E PROJECTOS SOBRE O 'ENTERRAMENTO DA LINHA FÉRREA NA CIDADE DE ESPINHO'? CLICAR AQUI PARA SABER MAIS

29 julho 2005

corpus sanum in mente sana (48)

brlurp brlurp
exercício 33

28 julho 2005

e o feliz contemplado é...

ora este espaço cibernético, inesperada e surpreendentemente ultrapassou ao longo do dia de hoje a marca das 500 visitas

a todos um muito obrigado

27 julho 2005

corpus sanum in mente sana (47)

ufa ufa
exercício 15

26 julho 2005

corpus sanum in mente sana (46)

brlurp brlurp
exercício 32

25 julho 2005

intermezzo / the truth is out there

passados que estão precisamente três meses sobre esta nota solta que deixei escrita num pedaço de papel em cima da minha secretária, já nem eu próprio sei o que quer dizer...

desconfio levemente sobre a sua razão de existir, mas não confio o suficiente para partilhar seja o que for de modo palpável e com sentido sobre o que me levou a registar essa nota...

incidências de quem regista para mais tarde escrever!

(nota registada a 25 julho e 'post' a 25 outubro 2005)

24 julho 2005

pelo mundo da música (22)

lydia lunch
hysteria (1976-1986)

afro cuban all stars



formado em 1996, o grupo afro cuban all stars reúne os maiores músicos cubanos. Na origem do projecto encontra-se o músico juan de marcos gonzales, cujo desejo é o de fazer reviver a cultura musical cubana trazendo para os dias de hoje a idade de ouro da música daquele país: os anos 1940 e 1950 de grupos míticos como o do buena vista social clube com o qual partilha ainda hoje alguns dos seus músicos.

afro cuban all stars fez e continua a fazer reviver e a redescobrir velhas glórias da música cubana, entretanto esquecidas, bem como o seu riquíssimo reportório clássico, constituído por uma panóplia de instrumentos e de sonoridades que reforçam sem sombra de dúvidas o sabor desta música.

qualquer que seja o reportório escolhido, os afro cuban all stars interpretam os temas célebres bem como as suas novas composições com a mesma vitalidade e uma dinâmica musical extraordinária.

este projecto extraordinário permite ainda revelar jovens talentos que se afirmam e mostram a continuidade e vitalidade da música cubana em jeito de fusão jazz afrocubano.

num óptimo concerto no aveiro em festa

23 julho 2005

munícipe interventivo (2)



notícia publicada no jornal de notícias, a 23 de julho de 2005, sobre a manifestação dos habitantes da marinha de silvalde / espinho a favor do prolongamento do túnel ferroviário na área central/sul da cidade de espinho, e sobre as intervenções na assembleia municipal acerca da mesma temática.

(clicar aqui para ler o artigo)

munícipe interventivo (1)



notícia publicada n'o comércio do porto, a 23 de julho de 2005, sobre a manifestação dos habitantes da marinha de silvalde / espinho a favor do prolongamento do túnel ferroviário na área central/sul da cidade de espinho, e sobre as intervenções na assembleia municipal acerca da mesma temática.

(artigo não disponível em linha em virtude do encerramento do jornal 'o comércio do porto')

22 julho 2005

pito pereira... especialista em ordenamento do território



sobre o debate em que participei, no passado sábado dia 16 de julho, em vagos, saiu esta pequena nota no jornal de notícias de ontem, 21 de julho, com o título 'planeamento exige bom senso', e assinado por zulay costa.

incrível como é que podem publicar uma notícia destas, passados cinco dias sobre o acontecimento, 'deformando' o nome do visado, sem sequer procurar confirmar a exactidão do mesmo, para não falar da fraca qualidade do texto e das gralhas e/ou erros ortográficos. e então não há revisores de texto no jn?

aqui fica a transcrição da notícia bem como a ligação para a edição em linha do dito artigo: http://jn.sapo.pt/2005/07/21/centro/planeamento_exige_senso.html

vagos
planeamento exige bom senso

"o planeamento não pode ser fundamentalista, tem de haver bom senso", declarou pito pereira, da associação portuguesa de planeadores do território (appla), durante mais um debate levado a cabo pelo movimento "vencer o futuro", em vagos.

"quem planeia tem que ter uma visão de futuro, ver os interesses ambientais, urbanísticos e económicos, entre outros, que existam no território, e organizá-los com o mínimo de conflitos", sublinhou o especialista, convencido que o planeamento do tereritório não deve ser feito apenas em função da expansão urbanística.

o concelho de vagos tem cerca de 80% do território condicionado pela reserva agrícola nacional (ran), pela reserva ecológica nacional (ren) e/ou pela rede natura 2000 e está, presentemente, a aguardar pela conclusão da revisão do plano director municipal (pdm) desde 1995, uma situação que tem reflexos no desenvolvimento do concelho.

as principais queixas partem de particulares, que reclamam por não poder construir onde desejariam."as pessoas podem ter direito de propriedade sobre um terreno, mas não de construção", isso advém das regras do planeamento e ordenamento que são instituídas pelos planos directores, de urbanização e de pormenor, acrescentou pito pereira.

"a questão é, essencialmente, dos políticos, mas cabe aos técnicos encontrar o melhor caminho", nomeadamente através desses planos, acrescentou.

em vagos, o grande "pecado" do pdm, foi ter sido utilizada cartografia desactualizada, disse outro dos intervenientes, o antigo vereador joão pedro mateus. a revisão do pdm deverá ficar concluída até ao fim do ano. zulay costa

corpus sanum in mente sana (45)

brlurp brlurp
exercício 31

20 julho 2005

coimbra



cm coimbra

19 julho 2005

pelo mundo da música (21)

blind zero
the night before and a new day (2005)

perry blake
the crying room (2005)

the simpsons
songs in the key of springfield (1997)

corpus sanum in mente sana (44)

brlurp brlurp
exercício 30

18 julho 2005

pelo mundo da música (20)

tom zé
estudando o pagode na opereta do segrega mulher e amor (2005)

A Propósito do Enterramento da Linha…
e por uma Cidade Mais Humana



a cidade de espinho, ao longo da sua existência sempre conviveu com a existência do caminho de ferro, que a atravessa no sentido norte-sul, tendo sido um elemento contribuinte e decisivo para o desenvolvimento da cidade. o caminho de ferro faz parte integrante da identidade e da memória, do imaginário urbano colectivo da população residente, bem como dos seus visitantes.

com o passar do tempo, aquele elemento outrora indiscutível, passou a ser olhado como algo que era detentor de uma série de inconvenientes ao nível da vivência e da fruição dos espaços, bem como da qualidade de vida, referindo-se nomeadamente à transposição de espaços, dividindo o núcleo da cidade da sua beira-mar, e também ao nível do ruído gerado pela circulação dos comboios e ao nível da segurança. apesar da sua manutenção ser de imprescindível serviço para a população do concelho, tornou-se simultaneamente um bem necessário e útil, mas ao mesmo tempo, um bem incómodo.

no decorrer da década de ’90, foi-se instalando de forma crescente o sentimento de que algo necessitava de ser feito, e a solução referida apontava para o ‘enterramento da linha férrea’, através da construção de um troço em túnel, em que os comboios circulariam subterraneamente, libertando o espaço à superfície. a ideia não era nova, e as pretensões também não, mas foi levada mais a sério do que noutros tempos, e a classe política local lá foi reivindicando a obra, conseguindo convencer o governo e a refer.

em 1999, foi então assinado um protocolo entre a câmara municipal de espinho e a refer no sentido de colaborarem para esse fim, e posteriormente foi publicado no diário da república e no jornal das comunidades europeias, o anúncio do concurso público internacional, tendo em vista a elaboração do projecto de execução das obras de rebaixamento da via do atravessamento da cidade de espinho.

congratulação total das ‘gentes de espinho’, a resposta às suas aspirações chegava: comboio a passar por baixo da terra, continuando a servir a população; e por consequência a libertação de um enorme espaço à superfície de mais de 60 hectares, providenciando uma oportunidade única de levar a cabo uma intervenção de requalificação do espaço público permitindo futuramente a sua fruição segura e descontraída, podendo-se constituir como um novo ‘landmark’ e âncora de atracção de visitantes, possibilitando a realização de actividades de recreio e de lazer, e servir de palco às mais variadas manifestações de índole artístico, cultural, social e político.

acrescente-se que dada a concordância genérica da população sobre o enterramento da linha férrea, apresenta(va)-se como uma oportunidade extraordinária de congregar os habitantes através do seu envolvimento em torno de um objectivo comum de pensamento e construção do seu espaço colectivo, naquilo que se poderia afirmar como uma intervenção enquadrável no lote das boas práticas de requalificação de áreas urbanas e dos espaços colectivos com o envolvimento efectivo da população.

é precisamente pelo distanciamento do que tem acontecido relativamente ao que se refere no parágrafo anterior a razão deste texto. numa reunião da assembleia municipal, ocorrida a 17 de maio de 1999 (decorrida após a assinatura do protocolo entre a cm espinho e a refer), tive a oportunidade de, enquanto munícipe, intervir no período reservado para o público, para de certa forma ir contra-corrente à discussão que tinha tido lugar, porquanto se discutia a paternidade da ideia, a mais valia e a contribuição de cada um e de cada partido para a efectivação do enterramento da linha férrea (esta parte da intervenção não está transcrita na acta, como é óbvio, mas lendo-a percebe-se claramente o teor da discussão).

como dizia, tive aí a oportunidade de expressar a minha congratulação ‘moderada’ pela decisão do enterramento, afirmando, contudo, que mais importante do que a assembleia discutir quem teve a ideia, deviam ser discutidas as repercussões e as transformações que tal intervenção causaria na cidade, pensando em formas de informação e envolvimento efectivo da população. defendi ainda a necessidade de esta assembleia se bater por um prolongamento da extensão do túnel, por forma a que aquilo que seria a resolução de um problema e de um transtorno num troço da cidade, não se transformasse num problema e em transtornos acrescidos para outras partes da cidade, nomeadamente na contribuição para o reforço do ostracismo a que tem sido votado o bairro piscatório / marinha de silvalde, e a sua população, que vive apartada da cidade em virtude das barreiras que limitam a sua sensação de pertença à cidade de espinho: a nascente a linha férrea, a norte a ex-fábrica brandão gomes, a sul o campo de golfe, e a poente, o mar.

de lá para cá a evolução da situação não foi positiva.

a fábrica brandão gomes, por exemplo, tem sido alvo de uma intervenção de renovação que deixa muito a desejar. num primeiro momento, houve uma fase positiva, quando o corpo poente da antiga fábrica foi demolido, permanecendo apenas o corpo nascente, onde se localizava a frente do edifício e as suas áreas nobres, permitindo o rompimento total da barreira que constituía outrora, quer visual, quer ao nível dos movimentos.

apesar do espaço não ter sido alvo de tratamento adequado, verificou-se um verdadeiro efeito de livre comunicação entre duas partes da mesma cidade, próximas e anteriormente distantes, em que os movimentos de circulação pedonal podiam então encurtar as distâncias através de ‘atalhos’ e diminuir o tempo de deslocação entre uma parte e outra.

entretanto, como se tem comprovado, optou-se por uma intervenção, que se vem prolongando no tempo sem fim à vista, e cujo programa se centra nos edifícios em si, e não na construção de um espaço colectivo, assente na comunicação entre as partes de cidade, e na permeabilidade de percursos, se não motorizados, no mínimo pedonais.

ou seja, a barreira voltou! a oportunidade de fazer cidade perdeu-se!

por outro lado, o processo do enterramento da linha férrea foi acontecendo, quase secretamente, sem que ninguém vislumbre o que quer que seja do que vai acontecer àquele espaço. ao longo de todo o processo, e desde o início, que se insiste numa solução que peca por não corresponder cabalmente ao que se comprometia, e que é apresentada como a única solução tecnicamente possível, como se não pudessem existir outras.

a solução apresentada assenta na construção de um túnel ferroviário de 950 metros de extensão (sensivelmente entre a rua 11 e a rua 37), complementada com as rampas de acesso, a norte (desde a ribeira do mocho até à rua 11), e a sul (desde a rua 37 passando um pouco a ribeira de silvalde), com extensões de cerca de 360 metros.

ora, esta solução é limitativa, porquanto cria desigualdades e dificuldades à população da marinha de silvalde, onde habitam cerca de 6.000 habitantes, que vêm que esta futura infraestrutura limitará ainda mais o espaço onde se encontram agora. atendendo a que a vala da rampa sul de acesso ao túnel desenvolve-se precisamente defronte de um núcleo habitacional, para onde está prevista a construção de um muro de segurança de 1,5 m de altura, complementado em alguns locais por um painel acústico que elevará a altura até aos 3 m, tudo isto a apenas 4,5 m de distância da fachada principal das habitações que se encontram na via que margina a linha férrea, a av. s. joão de deus.

pela descrição da proposta, é totalmente inaceitável, do ponto de vista urbanístico e da qualidade do ambiente urbano, que se venha a desenvolver um muro de 3 m de altura a 4,5 m das casas, no local da marinha de silvalde.

actualmente a rua em questão já se transformou, com a colocação dos taipais, numa via de sentido único, com uma largura mínima limitada à passagem de uma viatura, levantando questões de segurança relativamente à circulação pedonal e automóvel.

a ser levada a cabo tal solução só reforçará o actual carácter de ambiente urbano fragmentado e desconexo que já caracteriza esta parte da cidade, desligada das suas restantes partes. e é pela inaceitabilidade desta solução, que se pugna aqui por uma intervenção qualificadora, que providencie uma intervenção positiva extensiva também a esta ‘parte’ da cidade.

essa ‘intervenção positiva’ passa claramente por uma solução assente no prolongamento do enterramento da linha férrea numa extensão adicional em cerca de 400 m para sul, acontecendo a vala da rampa também mais para sul, numa área em que não estão em causa as incompatibilidades e os inconvenientes com os usos habitacionais, recuperando, desta forma, espaços para caminhar, falar, jogar/brincar, e estar de um modo sociável.

tal proposta pretende contribuir para a continuidade do sentido de pertença ao espaço urbano da cidade de espinho, sem criação de barreiras físicas que impeçam a total permeabilidade e fruição dos espaços, contribuindo, de igual modo, para a integração e interligação das diferentes áreas que compõem o ambiente urbano, numa relação expressiva por forma a constituírem sequências coerentes, num âmbito mais alargado da unificação e coesão interna da cidade.

defende-se assim a constituição de uma estrutura urbana transitável, assente na existência de redes de caminhos para peões, e outros meios de deslocação, que ligue os diferentes pontos por meio de circuitos próprios, degraus, pavimentos, passadiços, ou outros elementos de conexão que permitam a continuidade e a acessibilidade, conferindo à cidade uma dimensão humana.

aquilo que parece ser a defesa por uma solução respeitadora do direito dos habitantes a um ambiente urbano qualificado, é recusado pela cm de espinho e pela refer, escudando-se no projecto ‘oficial’, argumentando que a solução apresentada é a tecnicamente possível em virtude das duas linhas de águas que limitam a norte e a sul a extensão do túnel previsto.

esta posição traduz-se numa imobilidade e numa tentativa de ‘silenciar as reivindicações da população’ com argumentos técnicos falaciosos, através de linguagem ‘fechada’ e que os habitantes mais incautos e desconhecedores não dominam, ficando sem poder de argumentação, pela posição distante em que se colocam os ‘pretensos esclarecimentos oficiais’.

não se pode aceitar, de igual modo, que um projecto desta envergadura não prepare na sua fase de estudo soluções alternativas e criativas, que tentem responder aos desafios que caracterizam a especificidade da obra.

não se pode aceitar que a solução apresentada seja uma solução que resolve os problemas em apenas um quilómetro do troço da cidade atravessada pela linha férrea, e que cause ainda mais transtornos e problemas do que os que se vivem na actualidade com a linha à superfície, a um núcleo populacional de cerca de 6000 habitantes.

não se pode aceitar que se escudem apenas numa razão técnica de engenharia, quando as possibilidades em engenharia são enormes. não se pode aceitar que uma população fique refém da engenharia, quando a engenharia é que deve ser usada e trabalhada em favor da resolução dos problemas da população.

e não se pode aceitar de forma alguma a total ausência de ‘engenharia’… social e humana!

é que a cidade é caracterizada por uma estrutura complexa, de uma multiplicidade de aspectos, de diferentes características sociológicas e psicológicas, e é uma organização mutável com fins variados, com muitas funções, criada por muitos de modo rápido.

a verdade é que no tempo presente, caracterizado por uma ambiguidade e complexidade de imagens contraditórias, o mundo, e nele a cidade, está em constante mudança, evolução, progresso, e em que cada transformação pressupõe um salto qualitativo.

e não se pode perder de novo a oportunidade de dar esse salto qualitativo em espinho. não se pode perder de novo a oportunidade de construir e fazer cidade. uma cidade humana! e certamente que tal não se consegue sem os seus habitantes.

tito miguel pereira
(planeador do território)

17 julho 2005

mopelim



Movimento Pró-enterramento da
Linha Férrea na Marinha de Silvalde / Espinho

http://mopelim.blogspot.com

16 julho 2005

movimento vencer o futuro



da participação num debate na escola profissional de agricultura e desenvolvimento rural de vagos intitulado: ‘que ambiente e ordenamento temos, que ambiente o ordenamento queremos’, em representação da appla (associação portuguesa de planeadores do território), organizado pelo movimento vencer o futuro (em vagos), a cabo de uma plataforma de cidadãos que se organizaram para a discussão de temas de interesse para a comunidade local. bem hajam pela iniciativa, pelo convite e amabilidade e afabilidade da recepção… aqui fica uma breve descrição da intervenção…

num debate essencialmente dedicado à sensibilização para as questões do ambiente e do ordenamento do território, a intervenção debruçou-se sobretudo acerca da desmistificação da sua actividade, à relativização do planeamento e à contextualização daquilo que é a actividade e os resultados visíveis ou invisíveis no território.

após uma pequena intervenção introdutória, mais no âmbito de uma apresentação da profissão em si, e uma breve explanação sobre a existência e a necessidade da actividade de planeamento, a sessão tomou mais o sentido de uma conversa entre a audiência e o interveniente, estabelecendo-se uma plataforma de proximidade e alguma dose de informalidade que enriqueceu a postura do debate.

da sessão constatou-se que apesar do desenvolvimento da actividade de planeamento e ordenamento do território, senão qualitativo, pelo menos quantitativo, e pela existência de um sem número de planos e outras figuras que vão surgindo, o resultado é que a opinião geral é a de que não há uma relação positiva entre planeamento e o que no quotidiano se confronta no território.

aqui, desde logo, torna-se imperioso a contextualização da actividade, enredada que está numa teia de constrangimentos vários, desde regulamentares, legais, qualitativos e quantitativos, e sobretudo de défice de cidadania e de uma imensa ausência de valores no que respeita à prossecução do bem público e do bem comum, na procura de objectivos consensuais, seja no âmbito alargado, ou de uma simples comunidade.

alguns dos tópicos abordados:

- o reconhecimento de que a coexistência espacial origina tensões entre proprietários e entre proprietários e a administração

- o sistema de planeamento impõe limites aos direitos dos privados: direito de propriedade vs direito de construção; e a submissão ao interesse público e ao bem comum

- as transformações ou evoluções do papel do estado, desde o de providenciar solo para, o papel de ‘fornecedor’ de infraestruturas e de regulação da qualidade de vida e do ambiente até ao papel chave contemporâneo indutor e director do processo de desenvolvimento

- das dinâmicas: necessário o reemergir das questões da procura da ‘boa forma urbana’ e da ‘estratégia territorial’

- mudanças de escala: a necessidade de intervenção em escalas distintas e complementares: da rua ao bairro, da cidade à região…

- da mudança temática: redireccionar o enfoque da preocupação essencial de intervenção dos direitos de propriedade para a organização espacial

- dos enormes desafios: eficiência do mercado, assegurar a equidade, assegurar a qualidade, e providenciar e potenciar oportunidades

- da constatação de que a forma como o planeamento espacial é feito reflecte a capacidade da sociedade para a colaboração em vários níveis

- da necessidade de planeamento e das dificuldades em lidar com as desigualdades: estilos de vida, qualidade(s) de vida(s), actividades

das recomendações:
- congregar numa base regional os vários sectores
- identificar os pontos estratégicos comuns
- constituir / construir a capacidade institucional de os alcançar

finalmente: a questão da dimensão espacial e ambiental
- qualidade dos sítios, qualidade dos sítios para habitar, qualidade dos sítios para as actividades e os negócios, como parte dos sistemas ecológicos naturais, e como expressão de um sentido cultural

15 julho 2005

novas aquisições...

saraband (2003)
ingmar bergman
dvd atalanta filmes / público

de olhos abertos / abre los ojos (1997)
alejandro amenábar
dvd lusomundo

veludo azul / blue velvet (1986)
david lynch
dvd mgm

corpus sanum in mente sana (43)

brlurp brlurp
exercício 29

13 julho 2005

castanheira de pêra



poço e capela do santo antónio da neve
serra da lousã / coentral / castanheira de pêra
cm castanheira de pêra

12 julho 2005

maldita caibrã

corpus sanum in mente sana (42)

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exercício 28

10 julho 2005

corpus sanum in mente sana (41)

ufa ufa
exercício 14
com um calor insuportável
desta feita foram só 8

09 julho 2005

pelo mundo da música (19)

toranja
segundo (2005)

nat king cole
nat king of jazz cole (2003)
unforgettable nat king cole (2003)

maças para todos os gostos



é curioso o que se encontra sobre pequenas pesquisas no google, ou como já se vai dizendo: googlar. muito rapidamente, enquanto procurava alguma informação sobre as ditas das maças fuji que vieram à conversa num determinado almoço, eis que me deparo com um sem número de pontos de informação, de produtores, de locais de produção, de variedades, das tecnologias aplicadas, e nomeadamente das inovações no campo da biotecnologia, e da ‘invenção / criação’ de novas variedades… já para não falar do sem número de receitas que se podem fazer com maças…

ele realmente existem maças para todos os gostos, e eu adoro maças

entretanto, genericamente a maçã é tida como a representação do ‘fruto proibido’, citado na bíblia. a maça também assume assim, o simbolismo do pecado e da tentação. a sua cor vermelha associa-se à sexualidade e à paixão.

ver, por exemplo, estes sites:
http://www.bibvirt.futuro.usp.br/especiais/frutasnobrasil/maca.html
http://www.agropel.com.br/por/produtos_fuji.htm
http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/autor.html
http://www.acessa.com/projetos/Sabor/arquivo/dicas/2005/07/09-Cristina/
http://www.producepete.com/shows/fujiapples.html
http://www.fruitfromwashington.com/Varieties/fuji.htm

08 julho 2005

alegria

alegria / heróis do mar (1985)
clicar aqui para ouvir

corpus sanum in mente sana (40)

brlurp brlurp
exercício 27

1, 2, 3... ao ataque



e continua a série de espectáculos inseridos na programação de animação cultural da cidade de 'aveiro em festa'

desta feita com concerto a cargo de goran bregovic & wedding and funeral band

um concerto animadíssimo com os ritmos da música de influência cigana, que ganhou bastante reconehcimento através da sua participação e execução da banda sonora dos filmes de emir kusturica: underground e tempo dos ciganos

info do site do evento:

goran bregovic, com a sua wedding and funeral fand, acaba por ser uma figura extremamente popular, sobretudo graças à excelência das bandas sonoras que compôs para os filmes arizona dream, o tempo dos ciganos e underground (todos de emir kusturica) e rainha margot (de patrice chereau).

goran bregovic nasceu em sarajevo, é casado com uma bósnia mulçumana e é filho de um pai croata e uma mãe sérvia, dividindo-se actualmente por paris e os estados unidos, apesar de viver de perto a cultura da sua terra natal.

a sua música tem uma grande influência da cultura cigana: "uma música moderna que reúne fusões diversas e que espelha o eclectismo natural da sua cultura" - mas também o rock fez parte do percurso deste músico da ex-jugoslávia, tendo integrado uma das mais importantes bandas de rock que ajudaram a combater o anterior regime político.

05 julho 2005

corpus sanum in mente sana (39)

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exercício 26

humanizando



se dúvidas houvessem sobre a qualidade do projecto encetado pelos ‘humanos’ elas ficaram definitivamente encerradas. a confirmação em espectáculo ao vivo superou o acontecimento que foi já o lançamento do registo das ‘novas’ músicas de antónio variações

antónio variações ‘vive’ através dos humanos, e os humanos a partir de variações dão autênticos vivas à música portuguesa. e a música de variações é o ser português, variações canta o seu portugal, variações canta o portugal: a música impregnada de uma certa modernidade simultaneamente que capta sons e melodias característicos da música popular portuguesa numa simbiose extraordinária, aliada à forte e sentida presença das letras que são realmente mais do que simples palavras para serem cantadas gratuitamente, e todas elas reflectem um olhar, um pensamento e um sentir sobre variações, sobre a vida, sobre o amor, sobre a saudade, sobre portugal

estou além lembra um pouco o espírito sebastianista ou saudosista e/ou a inquietação natural de quem não se resigna, ou então de quem não é capas dos pequenos grandes gestos, mas teima nas grandes pequenas obras e projectos. já a música é pr’amanhã dá azo ao estereótipo da ‘preguiça nacional’, relembrando a baixa produtividade nacional… ou então a passagem dos anos em rugas, ou ainda a alegria da aventura do amor em gelado de verão, ou as incidências do relacionamento em amor de conserva, e outros tantos como o corpo é que paga, ou os recentes mudar de vida e maria albertina.

a tudo isto ‘os humanos’ deram vida de corpo e alma com uma entrega excepcional num espectáculo memorável que conquistou a assistência desde os primeiros acordes. a sala a abarrotar transbordava de alegria e sentia um desejo enorme de romper com os ditames impostos pela rigidez dos lugares sentados (o único senão). As pessoas vibravam, saltavam, entoavam os refrões, e tudo apesar das cadeiras. o público queria mexer, dançar, enfim, a música pedia e o público ansiava pelo verdadeiro arraial.

não há realmente palavras para descrever a forma completamente arrebatadora com que os músicos estiveram em palco, já para não falar no magnífico trabalho de base que consistiu na feitura do álbum que serviu de suporte para o concerto. há contudo espaço e palavras para destacar camané, talvez o mais ‘sossegado’ ou ‘tímido’ deles todos, com aparições quase estáticas em palco, mas com uma pujança e uma força nunca vistas dando voz às palavras, que só se pode dizer que enfrentou o ‘touro pelos cornos’ e assumiu-se mesmo como o mais variações dos humanos. a manuela azevedo, como sempre a mais movimentada, transmitindo toda a energia que a música carregava numa genica única como só ela consegue

sobre o alinhamento, camané abriu e encerrou as hostilidades, cantando antónio, um tema inédito de variações, e o popular e freneticamente remisturado é pr'à amanhã. pelo meio as músicas que fazem parte do álbum entrecortadas por recuperações de êxitos de variações como anjo da guarda, estou além, o corpo é que paga e estava eu a pensar agora em ti.

houve ainda tempo e espaço para a interpretação de quatro temas de outros autores, que segundo o grupo tinham a ver com o universo de variações ou com a música que ele fazia: flores dos brasileiros titãs, hardocre (1.º escalão) dos portugueses gnr (clicar aqui para ouvir), oh my love de john lennon e this town ain't big enough for both of us dos americanos sparks.

para quem perdeu resta a oportunidade anunciada da actuação no sudoeste e a mesmo para quem esteve lá, a edição prevista em dvd… venha ela que já tarda…

02 julho 2005

pelo mundo da música (18)

lester young
bd jazz (2003)

corpus sanum in mente sana (38)

ufa ufa
exercício 13

01 julho 2005

corpus sanum in mente sana (37)

brlurp brlurp
exercício 25