improvement makes straight roads, but the crooked roads without improvement, are roads of genius. william blake <>if music be the food of love, play on… William Shakespeare
.
Ele há coisas na vida que realmente são regeneradoras e que aguçam a criatividade. Por isso, e a pedido de várias famílias, e como parece que isto já vai sendo quase que uma colecção de 'cromos' aqui vai o registo / inventário do nick camaleão...

PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A 'BUSCA DE SOLUÇÕES' EM DETRIMENTO DA 'ESPECULAÇÃO'?

JÁ AGORA: PODE O GOVERNO, A CM DE ESPINHO E A REFER SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS E PROJECTOS SOBRE O 'ENTERRAMENTO DA LINHA FÉRREA NA CIDADE DE ESPINHO'? CLICAR AQUI PARA SABER MAIS

30 junho 2005

corpus sanum in mente sana (36)

ufa ufa
exercício 12

já o tenho



humanos
coliseu do porto

29 junho 2005

bloguizações

o aviz relata coisas temíveis e mais coisas temíveis, faz referência a erros meus, boa fortuna, e a mais coisas temíveis 2 e também uma referência sui generis a portugal relativamente à moda dos coletes reflectores.

boa viagem

28 junho 2005

corpus sanum in mente sana (35)

brlurp brlurp
exercício 24

26 junho 2005

a little bit like a shrimp



assumindo na totalidade a faceta camaleónica, eis que 'virei' camarão

25 junho 2005

praia



praia da barra / ílhavo / aveiro

24 junho 2005

hard day

it's been a hard day's night
and I've been working like a dog
it's been a hard day's night
i should be sleeping like a log

a hard day's night / the beatles (a hard day's night st, 1964)
clicar aqui para ouvir

corpus sanum in mente sana (34)

brlurp brlurp
exercício 23

23 junho 2005

corpus sanum in mente sana (33)

ufa ufa
exercício 11

22 junho 2005

we can be heroes just for one day

i
i will be king
and you
you will be queen
though nothing will
drive them away
we can beat them
just for one day
we can be heroes
just for one day

and you
you can be mean
and I
i'll drink all the time
'cause we're lovers
and that is a fact
yes we're lovers
and that is that

though nothing
will keep us together
we could steal time
just for one day
we can be heroes
for ever and ever
what d'you say

heroes / david bowie (heroes, 1977)
clicar aqui pra ouvir

21 junho 2005

pelo mundo da música (17)

kraftwerk
tour de france (2003)

bloguizações

nos ‘pequenos nadas’:
- a caracterização do idiota
- ser esquisito
- anthony
- reclassificação profissional

na ‘biblioteca de babel
o fascínio (partilhado) relativamente aos ‘sete palmos de terra’: nesta estante e nesta outra também

corpus sanum in mente sana (32)

brlurp brlurp
exercício 22

20 junho 2005

pelo mundo da música (16)

gary jules
trading snakeoil for wolftick (2003)

louis armstrong
bd jazz - the new orleans roots (2003)
bd jazz - the singer (2003)

afinal em que é que ficamos

as dúvidas quanto há ocorrência de um verdadeiro arrastão parecem dissipar-se, ou então adensa-se o mistério em volta dos acontecimentos

a psp, num relatório divulgado ontem, e noticiado no jn de hoje, refere que não houve arrastão, e ‘desmente oficialmente’ uma eventual onda de assaltos perpetrada por ‘indivíduos negros’

o jn escreve que ‘só agora é que a direcção nacional da polícia de segurança pública e o governo assumem que o arrastão não passou de uma ficção’

‘verifica-se que as primeiras informações fornecidas que davam conta de um enorme arrastão a ocorrer na praia de carcavelos não se confirmaram’, refere o relatório que a psp entregou, no passado dia 12, ao ministro da administração interna.

‘a inexistência de denúncias de furtos ou roubos na praia não sustenta a tese do arrastão’, conclui o documento que descarta também a possibilidade de se tratar de um grupo organizado. ‘não estamos em crer que se tenha tratado de uma acção generalizada previamente concertada.’

mas diz mais. diz que:
o ‘efeito visual do arrastão’ - patente nas imagens divulgadas pela comunicação social - é explicado pela psp com a existência de ‘diversos indivíduo’ a ‘correr desenfreadamente’ com receio da iminente ‘intervenção policial’, desmentindo, dessa forma, as informações que os jovens estavam a encetar uma onda de assaltos aos banhistas.

o documento refere, contudo, que a 10 de junho, na praia de carcavelos, se assistiu a ‘inúmeras incivilidades generalizadas’ e ‘alguns furtos e roubos’, o que terá causado ‘um ambiente de pouca tranquilidade provocado por alguns distúrbios entre indivíduos de origem africana e outros de nacionalidade brasileira e ainda com indivíduos de leste’.

inicialmente, a psp de lisboa divulgou a ocorrência de ‘uma onda de criminalidade’, levada a cabo por ‘cerca de 500 indivíduos negros’, recorrendo ao método ‘conhecido como arrastão’.

acrescente-se que a comunicação social divulgou o sucedido sem verificação das ocorrências, e em grandes parangonas. ah que belas peças de jornalismo que se fazem por cá…

one art

the art of losing isn't hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.

lose something every day. accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
the art of losing isn't hard to master.

then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. none of these will bring disaster.

i lost my mother's watch. and look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
the art of losing isn't hard to master.

i lost two cities, lovely ones. and, vaster,
some realms i owned, two rivers, a continent.
i miss them, but it wasn't a disaster.

even losing you (the joking voice, a gesture
i love) i shan't have lied. it's evident
the art of losing's not too hard to master
though it may look like (write it!) like disaster.

elisabeth bishop (in abrupto)

19 junho 2005

tiago monteiro no pódio



o país rejubila com o feito histórico de tiago monteiro, no grande prémio de indianapolis, nos estados unidos, ao volante de um jordan fórmula 1, tendo obtido o primeiro pódio de um português nesta disciplina automobilística.

o caso não é para menos, quando o melhor que se tinha conseguido foi um ponto, pelo sexto lugar obtido em 1995, por pedro lamy, nos comandos de um minardi, no grande prémio da austrália.

mas há que ter consciência do sucedido e colocar as coisas no seu devido lugar: só correram seis dos habituais vinte carros à partida, e tiago monteiro não fez mais do que o que tem feito até aqui nos 8 grandes prémios já realizados: fazer melhor que o seu colega de equipa (em 5 das 8 corridas), e ainda melhor que os dois minardi, os eternos últimos classificados.

mas isso são detalhes, e o que fica para história será o pódio.

como dirá joão miguel tavares, no dn de 24 de junho: ‘condecorações se faz favor, para aqueles que tanto fizeram pela nossa pátria, permitindo a tiago monteiro elevar o nome de portugal em todo o mundo. assim sendo propõe’ condecorações ‘a cada um dos 56 pneus da michelin que não chegaram a entrar em prova’.

instantâneos

o grupo 'do 25', o grupo das ougadas e nós

18 junho 2005

corpus sanum in mente sana (31)

ufa ufa
exercício 10

efectivamente



depois do sucesso o ano passado, com a animação em torno dos jogos do euro 2004, o programa de animação aveiro em festa está de volta, pelo menos no que se refere à realização de ‘grandes concertos’, começando o programa com a actuação dos gnr

os gnr são uma das bandas ‘instituição’ no panorama da música portuguesa, tendo já conquistado o seu lugar ao sol, pelo produto musical e pela longevidade atingidas, desde a edição do primeiro single, portugal na cee, em março de 1981, já lá vai quase um quarto de século.

a cada concerto, já há muito pouco de novo, e há muito que perderam o sentido da irreverência e da inquietude, e de alguma forma situaram-se numa posição algo acomodada: já não são os ‘três putos reguilas do porto’, e o contágio já não é imediato na conquista da plateia: a plateia já é de si contagiada de longa data pelos inúmeros sucessos, ou então não é por estes concertos que ganham novos admiradores incondicionais.

em todo o caso, e entre dias de calor, calhou para hoje uma noite fresca e ventosa, que não convida a um concerto ao ar livre, mas ainda assim, tenho para mim que a música destes tipos é imperdível, e uma oportunidade pública ao vivo não é de desperdiçar (diga-se que é mais uma para a conta das vezes que assisti a concertos dos gnr).

apesar da postura em palco dos já crescidinhos gnr ser mais uma de desfiar o rol de êxitos produzidos, para os mais incondicionais admiradores é o bastante para vibrar intensamente com a música, até porque ela mesma, a música, faz parte da banda sonora deste ainda pequeno percurso, enquanto existência terrena.

músicas como dunas (1985), efectivamente (1986), vídeo maria (1988), morte ao sol (1989), sangue oculto e pronúncia do norte (1992), só para relembrar alguns êxitos, antes mesmo de eu completar 15 anos.

apesar de tudo, com o correr do concerto, e o calor da massa humana, a coisa foi aquecendo, e ainda deu para um encore preenchido e bastante animado. voltem sempre…

17 junho 2005

corpus sanum in mente sana (30)

brlurp brlurp
exercício 21

16 junho 2005

corpus sanum in mente sana (29)

ufa ufa
exercício 9

14 junho 2005

as amoras

o meu país sabe as amoras bravas
no verão.
ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.

eugénio de andrade

idos no nosso tempo

nos últimos dias pereceram algumas figuras do portugal do ‘nosso tempo’: vasco gonçalves (03/05/1921-11/06/2005), no sábado, com 84 anos, e ontem, 13 de junho, álvaro cunhal (10/11/1913-13/06/2005), a caminho dos 92 anos, e eugénio de andrade (19/01/1923-13/06/2005), com 82 anos.

destes três personagens da história, muito ênfase se tem colocado nos dois primeiros, políticos, e figuras marcantes num dado momento da história recente portuguesa. Ao terceiro, referências mínimas.

é, no entanto, o desaparecimento de cunhal que tomou conta da actualidade jornalística e noticiosa. não que não tenha sido de facto uma figura que pela sua acção e abnegação, espírito de luta, sempre defendeu e abraçou a causa dos ideias que mantinha.

tem-se que salvaguardar as devidas distâncias e ter a exacta noção das proporções: cunhal foi de facto marcante, influenciando e servindo como referencial para a acção e a luta de muitos portugueses, hoje cada vez menos, mas é verdade que hoje se celebra a sua ‘morte física’, porquanto já era tido como alguém afastado, não só fisicamente, mas também no campo das ideias, onde cada vez mais a realidade se distanciava daquilo que eram as suas ideias para o país e o mundo.

agora, não se pode pactuar com esta indigência, bem característica do nosso canto lusitano, que é a da morte como apaziguadora das consciências, ou dito de forma mais corrente: depois de morto, é que passa a ser um homem fantástico e adorado por todos, inclusive pelos seus mais ferozes adversários, que aparecem em ditos bajulados sem sentido.

concordo plenamente com josé francisco viegas, quando escreve no aviz que ‘o melhor que se pode dizer de um homem de quem se discordava é que continuamos a discordar dele, mesmo depois da morte’.

ora aí está um verdadeiro assomo da noção da exacta proporção das circunstâncias e da relatividade.

também não se pode deixar de referir que a morte de eugénio de andrade, salvo raras excepções, tem passado ao lado desta míriade de fóruns, debates, prós e contras, e outras parafernálias que tais…

por um lado, há que reconhecer que a figura de eugénio de andrade não se presta a essas pretensiosas acções de ‘homenagem’ e ‘valorização’.

por outro lado, é o reconhecimento de alguma forma tácito, de que este é o encerrar quase definitivo de um tempo do portugal (que só encerrará verdadeiramente com mário soares)

é ainda o reconhecer que em portugal, os homens (e as mulheres) das letras não são reconhecidos nem valorizados, ainda mais gravoso quando cantam e são expressão do portugal.

por fim, é o reconhecimento de que cunhal tem (teve) um fim, e de que eugénio não terá fim nunca, porquanto os ‘poetas e a poesia são de sempre’, e atravessam todos os tempos

essa é a verdadeira homenagem que se pode fazer a eugénio de andrade, e que o tempo se encarregará de devolver o homem e o poeta e a sua poesia ao lugar que merece, e ao lado dos maiores criadores

corpus sanum in mente sana (28)

brlurp brlurp
exercício 20

13 junho 2005

pelo mundo da música (15)

kings of convenience
versus (2001)
quiet is the new loud (2001)

julian cope & the teardrop explodes
floored genius - the best of (1992)

7 palmos de terra



esta série tem mesmo o seu quê de extraordinariamente imperdível... e ao final de cada episódio é uma sensação intensa de incredulidade como que: não, não acabou, é só intervalo.... mas ups, acabou mesmo!

as palavras

são como um cristal,
as palavras.
algumas, um punhal,
um incêndio.
outras,
orvalho apenas.

secretas vêm, cheias de memória.
inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.

desamparadas, inocentes,
leves.
tecidas são de luz
e são a noite.
e mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.

quem as escuta? quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?

eugénio de andrade

urgentemente

é urgente o amor,
é urgente um barco no mar.

é urgente destruir certas palavras
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

é urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

cai o silêncio nos ombros,
e a luz impura até doer.
é urgente o amor,
é urgente permanecer.

eugénio de andrade

josé fontinhas



podeis dar-nos a morte, a mais vil, isso podeis - e é tão pouco!

eugénio de andrade
(1923-2005)

12 junho 2005

pelo mundo da música (14)

jens lekman
when i said i wanted to be your dog (2004)

tom ze
estudando o samba (1976)

the velvet underground & nico
the velvet underground & nico (1967)

the beatles
revolver (1966)

a teoria da cabala

segundo o ‘blogue de uma loura’:

‘não tenho água em casa. não tenho comentários no blogue. não tenho marido, namorado ou, sequer, amante. aposto que há uma lógica qualquer em tudo isto.’

e a sua recusa:

‘é muito simples...

cada vez me convenço mais que, no fundo, se trata de uma linguagem codificada, que só a alguns é permitido conhecer. que não a mim. e, porque recuso liminarmente a teoria da cabala, aceito que tenho dificuldades. um dia, estou certa, eu própria utilizarei a expressão para indicar aos outros por onde ir. até lá, resigno-me à condição de desorientada e continuo a mirar o mapa.

p.s. eu própria falo em código, entenda-se, mas que facilmente decifro.’

bloguizações

tempo dedicado a umas quantas bloguizações e deambulações pela blogosfera. há muito que ver, ler e ouvir por aí fora…

por razões mais ou menos aparentes, decididas ou imediatas, retenho alguns endereços: abrupto, algarvia do nuorte, aviz, blogue de uma loura e casmurro… mas há muito, muitos mais…

11 junho 2005

pelo mundo da música (13)

frank sinatra
bd jazz night and day 1946-1952 (2003)
bd jazz my girl 1946-1952 (2003)

roxy music
the best of (2001)

kraftwerk
the man-machine (1987)

echo & the bunnymen
heaven up here (1981)

the beatles
the white album (1968)
sgt. pepper's lonely hearts club band (1967)

bob dylan
blonde on blonde (1966)

nunca cozinha só para si?



‘só para mim, não. é demasiado triste e deprimente. o acto de cozinhar tem de ser para os outros. tem de ser um acto de partilha.’

cozinho ‘sempre a pensar no prazer. para mim e par os outros. na satisfação que podia dar. e sempre com a ideia de que a mesa não é só a comida. a mesa é também os pratos, a colocação das coisas, as flores, as luzes, o ambiente, a música. tudo isto faz parte.

no fundo é como se fosse uma forma de religiosidade. (…) o acto de comer, em si, tem de ser um acto cultural e toda esta envolvência é importante.

hélio loureiro, chefe do porto palácio hotel, em entrevista ao DNa
responsável gastronómico pela selecção portuguesa de futebol
júri de vários concursos internacionais (nomeadamente do chefe cozinheiro do ano, do toque d’or (bordéus), do chalenge européen de la gastronomie e do concurso de gastronomia e vinho do porto)
nomeado, pela academia gastronómica portuguesa, “chefe do ano”, em 2003
membro do conselho gastronómico de portugal
membro da chaine rotisseur's com o grau de "chef" rotisseur e do "slow-food movement".
co-autor do livro à mesa com a nossa selecção, com luís lavrador.

arrastão em carcavelos



em todo o caso, em pleno dia nacional, houve outro acontecimento que chamou a si as parangonas de primeira notícia nas televisões, omitindo quaisquer outros eventos: o arrastão da praia de carcavelos. mesmo nos jornais de hoje, o acontecimento é notícia de primeira página

no entanto, a situação não me está a parecer muito bem contada, e não é possível deixar de registar que nuances assinaláveis com que os jornais falam do sucedido e as honras de ‘notícia extra’ nos noticiários televisivos de ontem.

as televisões falaram de um grupo de 500(!) jovens armados, os jornais falam de grupos de 50 a 100 jovens, e referem que ‘os distúrbios terão tido início quando um bando roubou um fio de ouro a um imigrante de leste, espancando-o.

o que há a ressalvar de isto tudo, é que se de facto aconteceu com a dimensão inicialmente falada, então algo de muito grave anda por aí a acontecer, e a administração e as autoridades andam a ver a carruagem a passar. ora não se organiza uma coisa daquelas com 500 pessoas em completo sigilo… e a polícia não sabe de nada?

é por isso mesmo que isto é tudo muito estranho.. ou aquilo não teve a dimensão de que se fala, ou então foi algo que se foi gerando espontaneamente

mas a isto as televisões não se referem, o que interessa é o impacto mediático do acontecimento, a imagem, o drama, a emoção…

chamem a polícia / trabalhadores do comércio
clicar aqui para ouvir

notícias:
diário de notícias - jornal de notícias - correio da manhã

corpus sanum in mente sana (27)

ufa ufa
exercício 8

isto tá tudo ligado (2)

mas há mais do que as comemorações do 10 de junho propriamente ditas que causam manifestações de desagravo contra esta forma de estar e de actuar.

os jornais dão conta de que as comemorações em guimarães não foram pacíficas, no sentido em que geraram a contestação de cidadãos vimaranenses ‘contra festas de ricos numa cidade flagelada elo desemprego e pelo encerramento de fábricas’.

o argumento é o de que se está perante uma ‘estranha forma de apertar o cinto tão solicitado pelos maiores responsáveis pela nação’, e que ‘todos os dias nos surpreendem, pela negativa, lógico, com ordenados… qual principescos? de sultão, mesmo, e reformas muito bem reformadas’

dizem-se ‘estupefactos com estas aventuras do ‘rei jorge’, agravadas pela polémica que surgiu na sequência da reserva do pavilhão multiusos de guimarães pela autarquia, quando o local já estava reservado para outros eventos, tendo a câmara municipal que indemnizar em 36 mil euros os organizadores desses mesmos eventos anulados (para poder utilizar o espaço de que é proprietária), ‘fora o jantar que o chefe da câmara oferece, o jantar que o rei oferece, e os pagantes são os contribuintes’.

estes sintomas de mal generalizado no país, são sentidos de forma particularmente acentuada nesta região do vale do ave e do vale do cavado que se vêm a braços com inúmeras fábricas a encerrarem, com especial incidência para as têxteis, fruto da liberalização das relações comerciais com a china, no tocante aos têxteis e a outros sectores, que introduzem produtos com custos baixíssimos com os quais estas empresas não conseguem competir

os jornais têm vindo também a relatar esse panorama de abandono e falência, referindo que os centros de emprego da região não têm tido mãos a medir para a fila de desempregados e de recém-desempregados que não pára de aumentar.

sintomas claros desta crise no modelo de desenvolvimento económico local residem nos fracos resultados desportivos dos emblemas locais. veja-se por exemplo, em barcelos em que o gil vicente viu-se e desejou-se para permanecer no escalão maior, e do óquei clube de barcelos que produziu uma época aquém do seu habitual valor, ou em guimarães, com a descida do moreirense.

produção têxtil barata da china conduz clubes à segunda divisão, podia muito bem ser o título de uma qualquer notícia num qualquer jornal

óbvio que estas coisas não são assim tão lineares, até porque os dois maiores clubes minhotos acabaram por obter excelentes posições finais, no que ao futebol diz respeito, mas ainda assim não se espere pela demora…

mas já que se fala nisso, deve-se estar atento ao distrito de aveiro: 6 clubes desceram de escalão, incluindo os históricos beira-mar e sp. de espinho, e entre os que conseguiram a promoção não se encontra nenhum do distrito… há-de concerteza querer dizer algo

10 junho 2005

pelo mundo da música (12)

coldplay
x & y (2005)

franz ferdinand
franz ferdinand (2004)

kings of convenience
riot on an empty street (2004)

the bluetones
luxembourg (2003)

echo & the bunnymen
ballyhoo / the best of (1997)

10 de junho



portugal comemora a 10 de junho aquele que adoptou como o seu dia, na data apontada como a da provável morte de camões, comemorando-se também o seu dia, e ainda o dia das comunidades portuguesas.

a história da comemoração do 10 de junho remonta aos inícios da implantação da república, em que lisboa escolheu como seu feriado municipal o dia em honra de camões, em que os republicanos lisboetas tentavam evocar as comemorações camonianas de 1880, uma das primeiras manifestações das massas republicanas em plena monarquia, e simultaneamente tentando diminuir a importância do antigo feriado municipal religioso de santo antónio, a 13 de junho, a que a implementação de um estado republicano e laico se opunha.

é em 1933, com o estado novo, e com antónio salazar na liderança que o 10 de junho passa a ser particularmente exaltado como dia nacional, precisamente no dia da provável morte de camões que ‘representava justamente o génio da pátria, representava portugal na sua dimensão mais esplendorosa e mais genial’ e que o estado novo ampliou ‘num sentido nacionalista e de comemoração colectiva histórica, numa vertente comemorativista e propagandística’ adoptando-o como o dia da raça.

o dia da raça comemorava a raça do povo português mas de uma forma muito ambivalente, e entendida de um forma genérica, exaltando a ‘originalidade’ e ‘a capacidade dos portugueses’ face aos outros povos europeus, alicerçado numa história de séculos, um dos mais antigos estados da Europa, e ainda num império colonial que poucos igualavam. era a exaltação de ‘um povo diferente, aparentemente frágil, mas com valores que lhe permitiram grandes realizações’, comemorando-se no dia da raça e de camões ‘a nação e o império, a metrópole e as colónias’.

com o 25 de abril, o 10 de junho continuou a ser comemorado, mas a revolução retirou-lhe o pendor nacionalista que continha até então, passando inclusive a adoptar-se a denominação de dia de portugal, de camões e das comunidades portuguesas.

continua-se efectivamente a exaltar o povo português, mas numa lógica diferente da anterior, contrapondo-se ao portugal colonial, dá-se ênfase ao portugal da diáspora, constituído pela imensa massa de população que se espalhou no mundo, fosse na qualidade de resistente e combatente ao anterior regime, fosse por questões económicas, que por ‘falta de pão’, numa também crítica posição relativamente à situação anterior do país. adopta-se então um posicionamento de celebração do portugal no mundo, em oposição ao ‘orgulhosamente sós’.

o dia de portugal constituiu-se também como uma oportunidade de ‘tentar dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas, sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa’.

entretanto, a verdade é que com o avançar do tempo, e as próprias posturas adoptadas, e com própria democratização, diga-se, as comemorações começaram a generalizar-se e a banalizar-se, perdendo muito do seu simbolismo e finalidades anteriores.

este ano o actual presidente da república tem uma lista de 59 condecorações para entregar na ocasião das cerimónias oficiais. no total, elevam-se para 1484 o número de condecorações atribuídas por jorge sampaio, mas ainda distante de ser o que mais medalhas distribuiu, área em que o ex-presidente mário soares foi o mais generoso, atribuindo por dá-cá-aquela-palha um máximo de 2448, enquanto ramalho eanes atribuiu 1952.

mas entenda-se que os números até nem são o espanto maior. esse é concerteza os critérios de atribuição das condecorações e a mais valia ou exemplo dos condecorados. ainda agora nesta lista de condecorados há nomes tão estranhos quanto os de catarina furtado, sevinate pinto, proença de carvalho, leonor pinhão, fátima campos ferreira, nicolau breyner, elisa ferreira, josé vera jardim, leonor beleza… entre outros

um dia, e não sei se já não o terão ganho uma medalhita, ainda quero ver agraciados o quim barreiros, pelo imenso que contribuiu para a música popular portuguesa, e o tony carreira pela sua carreira na música ligeira portuguesa, e da sua incomparável capacidade de esgotar o olympia, os coliseus e o pavilhão atlântico. e porque não?

ah e já agora, foi preciso o mourinho ser campeão na inglaterra, estando num outro clube que não o fc porto, para ser agraciado? uma taça uefa e uma liga dos campeões não era bastante?

apoiado em: jornalismo porto net

09 junho 2005

pelo mundo da música (11)

dead combo
dead combo (2004)

pink martini
hang on little tomato (2004)

royksopp
melody a.m. (2001)
live at the big chill (2002)

roxy music
roxy music (1972)

mas para que é isto afinal?



alguém podia explicar de uma vez por todas o que é isto e para que serve realmente?

no âmbito do workshop sobre sociedades de reabilitação urbana alguém dizia que em portugal quando se tem um problema a primeira coisa que se faz é adicionar uma nova estrutura à miríade das já existentes e sobreponentes entre si, e uma das suas novas medidas, da nova estrutura, é definir o quadro da administração e respectivas condições (leia-se: vencimentos, regalias e demais assuntos complementares).

no final da acção fiquei com a ideia que, na verdade, estas coisas são supérfluas, cosméticas, e que não se atacam os velhos problemas de frente, tais como a lei do arrendamento, a lei de solos, a fiscalidade do património imóvel, entre outras...

ou seja, cria-se a estrutura de 'fachada', finge-se que se está a atacar o problema, e continua tudo na mesma...

ah portugal, portugal, do que é que estás à espera?

portugal, portugal / jorge palma (ao vivo no johnny guitar, 1993)
clicar aqui para ouvir

inconsequências



amalia (maría alche) vive em la ciénaga com a mãe helena (mercedes morán), divorciada e atraente, e com o tio freddy (alejandro urdapilleta), no hotel termas, gerido por familiares. frequenta os ensaios do coro da igreja, e a catequese onde as ‘raparigas’ são instruídas na fé e na vocação.

certo dia, aglomera-se na rua um pequeno amontoado de pessoas para ver um homem a tocar thereminvox, onde se encontra amalia. no meio da ‘multidão’, amalia é abordada sexualmente por jano (carlos belloso), um médico que se encontra instalado no mesmo hotel no âmbito da participação num congresso, que se pressiona despudoradamente contra a jovem em plena rua.

amalia, uma jovem na adolescência, vive entre o seu anseio do chamamento de deus, aguardando a atribuição divina da sua missão na terra, e o despontamento e apelo do desejo sexual, e passa o tempo debitando orações como se estivesse a trautear as letras das músicas do seu grupo favorito.

na sequência do episódio ocorrido, amalia chama obsessivamente para si a tarefa ‘santa’ de ‘salvar este homem’, passando a seguir os seus movimentos, sem que inicialmente jano se dê conta, entretido que está em prestar a sua atenção em helena, por quem nutre uma determinada atracção, e que esta vai desfrutando sem esperanças, dado o médico ser casado e ter filhos.

no meio desta teia de sentimentos, apelos, obsessões, atracções, e avanços inconsequentes, é servida uma história distante dos personagens, fria, sem julgamento, sem tomar partido, sem ir em frente, sem afirmar a acção, sem consequência…

está lá tudo, desde a sexualidade, a paixão, os dilemas da religião e da fé contrabalançados com a ciência e a descrença, e ainda assim esfuma-se tudo sem concretização, inconsequente…

a rapariga santa / la niña santa (2004)
lucrecia martel

com base em: rita almeida

08 junho 2005

corpus sanum in mente sana (26)

ufa ufa
exercício 7
por motivos vários tinha faltado aos três últimos ufa ufa's. retomar foi duro, mas ainda assim cumpri o programa auto-estabelecido, e foi mesmo até cair para o lado. no final foi totalmente reconfortante chegar a casa e tomar um duche refrescante e apaziguar para sair de novo. cinema aí vou eu...

07 junho 2005

para o entendimento das idiossincrasias...



...deste blog, e da sua força motora:

o homem a quem chamaram cavalo

nem sempre me sobra o tempo
p'ra fazer tudo o que queria
vou fazendo como posso
de noite fazendo o dia

nem sempre me sobra o tempo
p'ra levar até ao fim
todas as coisas que trago
a ferver dentro de mim

nem sempre me sobra o tempo
mas se o tempo me sobrasse
sabe deus o que eu faria
talvez até me matasse.

o homem a quem chamaram cavalo / rádio macau
(elevador da glória, 1987 / disco e livro pirata, 2005)
clicar aqui para ouvir

corpus sanum in mente sana (25)

brlurp brlurp
exercício 19

calor?! nãaao. ainda bem que há bohemia



e aí estão os dias de calor infernal.

eu, de alma e nome latino, mais pareço um nórdico avesso às altas temperaturas... mas este verão afigura-se saboroso com a introdução no mercado cervejeiro de um novo produto da central de cervejas que parece querer abanar o domínio da unicer. veremos... por agora devo dizer que esta bohemia realmente me surpreendeu.

é uma cerveja ruiva, de cor âmbar, com uma forte personalidade, aroma frutado e paladar doce. apresenta uma espuma cremosa e um nível alcoólico de 6,2º, oferecendo uma alternativa sofisticada e inovadora.

nick-camaleão está de volta: thank you all for your support

ora como já aqui afirmei, resolvi retomar a blogleanização. para tal decisão contribui em muito a minha resolução decidida e empenhada em prosseguir tal desiderato, salpicada por outros contributos complementares, mas ainda assim não displicentes nem desconsideráveis.

desta forma, cumpre-me aqui agradecer a todos aqueles que me têm incentivado neste projecto (muito poucos mas valiosos), e que de alguma forma valorizam o resultado do que por aqui vai surgindo.

por outro lado, a característica autopenalizadora e autocrítica feroz faz com que tenha para comigo próprio um padrão de exigência anormalmente elevado. o que um salto por alguns trabalhos de género, acompanhado por uma releitura das coisas que já lá estão muito para trás, releva alguma densidade e uma solidez que no término de cada acrescento não o sinto, mas que posteriormente se afirma e confirma.

e porque a força também vem do exemplo e dos contributos de outros, há lugar para uma última nota de um grande bem haja para:
in my secret life
sandra filipa
sapatos vermelhos

06 junho 2005

os milagres acontecem



a propósito do retorno à actividade do blog do nick camaleão

os milagres acontecem
a horas incertas
e nunca estou em casa
quando o carteiro passa

hoje abriu a primeira flor
e eu disse é um sinal
olho em volta: estou só
trago esta sombra comigo

poema ana paula inácio
música joão aguardela / luis varatojo / viviane

os milagres acontecem / a na/fa (canções subterrâneas, 2004)
clicar aqui para ouvir
site oficial

05 junho 2005

pelo mundo da música (10)

xutos & pontapés
dados viciados (1997)

pink martini
sympatique (1997)

a na/fa
canções subterrâneas (2004)

royksopp
the understanding (2005)

as coisas não acontecem só por acaso?!…

como já terão reparado, este blog está com um desfasamento temporal assinalável, de cerca de mês e meio a dois meses…

comecei este blog como um desafio que de alguma forma foi auto-imposto, mas também em certa medida ‘exigido’ por um grupo de atentos que cuidava de seguir as diferentes ‘camaleanizações’ que ia assumindo ao longo dos dias… essas próprias camaleanizações tinham elas mesmas uma razão de ser, um força intrínseca enorme, que me obrigava mentalmente a gerar novos quotidianos e simultaneamente a partilhar esses momentos.

acontece que mesmo para quem ía seguindo as diferentes mutações, tornava-se praticamente imperceptível associar as designações a realizações concretas ou a factos reais ou irreais.

assim surgiu este blog, para reter aquela que já se ía tornando numa série infindável de ‘cromos’, de comunicação geral, ao contrário de um outro, esse puro e duro, apenas de consumo pessoal e intransmissível, onde afirmo claramente que tal facto de passar para palavras uma série de coisas etéreas se deve ao que designo por ‘as mossas da vida’, essas tais como o william lawsons, muito persuasivas, tendo-me torturado a levar a cabo um projecto ‘involuntário’.

o tempo foi passando, e uma série de outras coisas foram tendo o seu lugar na cronologia dos dias… a sedimentação de ocorrências, e o revolver da matéria, levaram a vários momentos de retro-actual-futuro-introspecção, etc e tal.

o ter ficado sem instrumento de trabalho, concretamente sem computador e sem acesso caseiro à Internet, e essas movimentações paralelas, sejam reais, sejam racionalizações irracionais e/ou irracionalizantes, ocasionaram esse lapso temporal que se verifica.

a sensação de que algo que vinha fazendo tinha tido origem num facto gerador único e preciso, ainda que catalisador de um série de acções hiperactivas e também porque não dizê-lo, criativas, e que a determinado ponto da situação já não se enquadrava ou não fazia sentido, ou ía esmorecendo essa auto-intolerância para com as próprias faltas ao auto-estipulado, colocava em causa a continuidade ou não de um projecto, acrescido do lapso temporal que esse mesmo projecto já acarretava.

a resolução, ou a falta dela, sobre o que fazer ía-se adensando no acumular dos dias que passavam, e a cada dia somado sem resolução, aumentava consideravelmente o volume de trabalho na eventual retoma.

mas eis que a decisão última foi tomada, numa solarenga e quente tarde de domingo, sorvida por uns suculentos e refrescantes tragos de cerveja: a coisa tem pernas e vontade para andar.

dito isto, e como os visitantes mais assíduos já terão reparado, desde 4 de Junho que as novidades neste blog vão aparecendo desfasadamente em cerca de um mês e meio, tentando partir do ponto onde tinha ficado: em 26 de abril.

04 junho 2005

pelo mundo da música (9)

billie holiday
bluesy billie / swingin' billie
bd jazz (coleccionável dn)

blind zero
trigger (1995)
redcoast (1997)
one silent accident (2000)

dead combo
vol. 1 (2001)

vincent gallo
when (2001)

dar o melhor por... um mundo perfeito

dei, dou e darei o meu melhor por... um mundo perfeito.

ainda que:

a propósito de ‘um mundo perfeito’:
sally gerber (laura dern): you did everything you could. you know that.
chief red garnett (clint eastwood): i don't know nothin'. not a damn thing.

ou relacionando com timbuktu, de paul auster:
dei o meu melhor,
mas por vezes,
o melhor de um homem não é o bastante

03 junho 2005

pelo mundo da música (8)

norton
frames - remixes & versions (2005)

corpus sanum in mente sana (24)

brlurp brlurp
exercício 18

02 junho 2005

um mundo perfeito



um mundo perfeito é aquilo que cada um de nós, mesmo sem o saber, procura incessantemente, explicita ou implicitamente.

um mundo perfeito é um dos raros filmes que me levou, de forma sentida, duas vezes ao grande ecrã.

um mundo perfeito relata a história de um criminoso, butch (kevin costner), que foge da prisão, e que pelo caminho rapta uma criança, phillip (t.j. lowther).

um mundo perfeito é menos um tradicional policial em busca da detenção do criminoso, mas antes um exercício derivativo e eminentemente trágico, carregado de simbolismos nostálgicos, não do que se viveu, mas do que efectivamente não se viveu.

um mundo perfeito é assim uma busca dolorosa assente no estabelecimento de uma relação profunda entre os dois personagens, um adulto e uma criança, que ambos buscam em si e no outro o apagar da ferida que lhes mói, e tentam refazer ou reconstruir, na medida do possível, a relação de cada uma das personagens com o respectivo pai.

um mundo perfeito é feito dessa dupla e cruel redenção dos seus personagens: butch imaginando em phillip o filho que ele não pôde ser e simultaneamente agindo como o pai que gostaria de ter tido; e phillip amplificando através de butch o pai que não conhece e que sempre esperou

um mundo perfeito é uma obra prima de eastwood, afirmando a sua mestria numa condução contemplativa da trama, com um contenção primorosa, que lhe confere extraordinariamente uma tensão permanente no sentido de um carácter de evolução para um final trágico

um mundo perfeito é, por tudo isto, um filme intenso que percorre toda a trama entre aquilo que é o bem ou mal, e no fundo, toda a relatividade associada a essa dicotomia, mas…

um mundo perfeito é mais do que o bem e o mal, é uma miríade de infinitas combinações:

sally gerber (laura dern): you did everything you could. you know that.
chief red garnett (clint eastwood): i don't know nothin'. not a damn thing.

um mundo perfeito (1993)
clint eastwood
canal axn

01 junho 2005

belleville rendez-vous



no dia mundial da criança o jornal público traz consigo este fantástico filme de animação, 'uma pérola da arte do desenho animado. miúdos e, sobretudo, graúdos hão-de deliciar-se (jorge leitão ramos, expresso).

'o humor de tati combinado com o absurdo dos monty python. uma sucessão de achados narrativos e visuais. é magnífico' (jorge mourinha, blitz).

e a portuguesíssima madame souza e a pasta de sardinha, o alimento do 'champion' fazem furor ;)

sem dúvida um excelente filme

belleville rendez-vous (dvd)
de sylvain chomet (2003)
atalanta filmes / jornal público

caldas do gerês



caldas do gerês / terras de bouro
cm terras de bouro
parque natural da peneda gerês