improvement makes straight roads, but the crooked roads without improvement, are roads of genius. william blake <>if music be the food of love, play on… William Shakespeare
.
Ele há coisas na vida que realmente são regeneradoras e que aguçam a criatividade. Por isso, e a pedido de várias famílias, e como parece que isto já vai sendo quase que uma colecção de 'cromos' aqui vai o registo / inventário do nick camaleão...

PODE O GOVERNO SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS SOBRE O AEROPORTO DA OTA PARA QUE NA SOCIEDADE PORTUGUESA SE VALORIZE MAIS A 'BUSCA DE SOLUÇÕES' EM DETRIMENTO DA 'ESPECULAÇÃO'?

JÁ AGORA: PODE O GOVERNO, A CM DE ESPINHO E A REFER SFF COLOCAR EM LINHA OS ESTUDOS E PROJECTOS SOBRE O 'ENTERRAMENTO DA LINHA FÉRREA NA CIDADE DE ESPINHO'? CLICAR AQUI PARA SABER MAIS

31 agosto 2005

soares é...fixo!



nuno rogeiro, na sic notícias, em espécie de comentário cómico adaptando o slogan da candidatura de mário soares de '86: soares é fixe! no dia da apresentação oficial da candidatura de mário soares à presidência da república ás próximas eleições a ter lugar em janeiro de 2006

soares é... fixo!

30 agosto 2005

nelito triste



o resultado final das declarações de manuel alegre num jantar em viseu, por enquanto remetem para aquela famosa figura que diz que a ‘montanha pariu um rato’

depois daquele discurso, cujo conteúdo foi bastante crítico para com a vida nos aparelhos partidários, e para com o próprio partido socialista e da escolha como o partido resolveu apoiar soares, alegre só tinha uma saída, concluir com um empolgante: sou candidato à presidência da república!, mas não, ao invés pareceu remeter-se para uma pausa nas suas aspirações a tal candidatura, não dizendo claramente nem que sim nem que não

é tanto mais surpreendente quando ele próprio diz que ‘a república e a democracia não têm donos’, e que a escolha de soares é uma ‘solução do tipo patriarcal’ que ‘não está conforme os critérios republicanos de renovação política’, e a sua terceira candidatura ‘não é saudável para a república’. ‘portugal não é um projecto contabilístico nem pode reduzir-se ao mero deleite do jogo político’, afirmou.

ainda se entende menos quando afirma: ‘é minha convicção de que tinha e tenho condições políticas para um resultado surpreendente’. ‘é por isso que aqui estou. para não deixar morrer um espaço de liberdade, de espírito crítico e de reinvenção da vida política’, salientando ainda que os portugueses ‘querem alternativa, querem frontalidade e querem mudança’.

e não avança porquê? porque não quer provocar a ‘eventual fractura do ps e a divisão do seu eleitorado’

ora, depois de um discurso todo virado contra o establishment partidário alegre diz que não avança precisamente para não beliscar esse mesmo estableshiment.

ora então está tudo dito meu caro ‘nelito triste’, ou não

a não ser que este episódio tenha sido apenas a encenação de um até já, aguardando a apresentação oficial da candidatura de mário soares, desmarcando-se por outro lado do ps e da sua escolha presidencial, exacerbando uma espécie de auto vitimização pelo rude golpe do ‘amigo’ e do ‘partido’, libertando-se das responsabilidades da eventual divisão do eleitorado ps no caso da sua candidatura (não é ele que causa a divisão: é o ps e mário soares, uma vez que ele, alegre, já se tinha disponibilizado para a candidatura), e capitalizando cada vez mais a aura poética da sua luta e do papel de indivíduo irreverente que não está preso às querelas partidárias

apesar do nim, e de outras declarações posteriores mais inclinadas para o recuo definitivo, não acredito que tal seja assim, e a ver vamos se não se candidata mesmo…

vencida barreira mítica

durante o dia de hoje o 'nick camaleão' ultrapassou a barreira mítica das 'mil e uma' visitas

a todos um muito obrigado

29 agosto 2005

back to work / business as usual

26 agosto 2005

consultor... sentimental



aqui neste texto sou apresentado como especialista em ordenamento do território

pelo que vai sucedendo, e sem prejuízo da minha actual ocupação profissional, e dadas as solicitações, tenho de alterar o meu leque de actuação e englobar um espaço de consultor... sentimental

22 agosto 2005

hibernação



esta semana estarei em processo de quase hibernação, coisa rara quando decorre pleno verão

numa notícia sobre um estudo científico, refere-se que a 'hibernação forçada pode salvar vidas humanas'

neste caso, esta hibernação forçada agrava o meu estado de cansaço acumulado, para além de arruinar por completo as minhas férias, mas tem o condão de me salvar a vida através do cumprimento de compromissos assumidos

como dizia o outro: é a bida

21 agosto 2005

a emoção está de volta



o campeonato nacional de futebol está de volta, e com ele as emoções, no meu caso, associadas sem sombra de dúvida ao fc porto

desta feita, melhor o resultado do que a exibição, mas acima de tudo começar bem a competição

fc porto sempre

festa da cerveja



festa da cerveja 2005 / espinho

19 agosto 2005

do envolvimento cívico

os desafios e as oportunidades à adequação das instituições para optimização de competências e recursos implicam repensar as formas e o papel da participação pública, ou seja, do envolvimento dos cidadãos, individualmente ou em grupos de interesses.

o princípio da participação está implícito no conceito de governância entendido como o processo em que agentes, grupos e indivíduos chegam a consenso sobre a realização de actividades com vantagens mútuas e que se justificam na base dos interesses públicos ou colectivos. como oportunidade para a acção governativa, as vantagens da participação alargada, como princípio geral, são múltiplas, com implicações a diferentes níveis: da qualidade e da eficácia das políticas e dos programas e planos, da legitimização e das condições de sustentabilidade dos territórios.

desta forma, é preocupação da força espinho a busca de soluções cada vez mais abertas à capacidade de identificar e promover o capital cívico e as estruturas representativas locais adequadas para colaborar na formulação das políticas e dos planos. esta é uma tarefa complicada, dada a difícil correspondência entre actores, instituições, competências e territórios ( com ‘territorialidades’ muito diversas ), para promover objectivos e estratégias comuns.

a força espinho assume o compromisso de apresentar um conjunto diversificado de momentos e espaços abertos à integração deste capital cívico, e assume uma disponibilidade total, bem como facultará o acesso à informação sobre a acção da governação local, assim como procederá a uma constante avaliação e monitorização das variáveis e dos agentes a implicar e implicados nas decisões sobre as estratégias e opções de desenvolvimento, nos diferentes níveis e escalas, avançando desde já com as seguintes propostas:
  • realizar fóruns periódicos de debate abertos à participação, sobre temas de interesse e actualidade municipal
  • providenciar momentos regulares de atendimento aos munícipes dos eleitos pelo movimento
  • tomar café com… encontro mensal em ambiente descontraído para debate informal sobre a actualidade do concelho com os eleitos locais
  • criação e dinamização de fóruns sectoriais: conselho municipal da educação, conselho municipal da cultura, conselho municipal desportivo
  • criação e dinamização da plataforma para a promoção turística espinhense

planeamento, ordenamento do território, e desenho urbano

o planeamento e ordenamento do território e o desenho urbano são áreas com um papel decisivo na promoção da qualidade de vida das populações, nomeadamente no que respeita à qualidade de vida do ambiente urbano.

pela sua horizontalidade e transversalidade, as acções nesta área relacionam-se sobremaneira com todas as demais, pelo que qualquer iniciativa não pode ser considerada por si só nesta temática, e muitas das opções que se tomam e defendem aqui nesta secção implicam a adopção destas considerações em áreas sectoriais complementares numa articulação entre objectivos urbanos e objectivos sectoriais.

nesta matéria, a força espinho apresenta como valores que devem nortear a acção do município, os seguintes:

  • afirmar-se como autoridade de planeamento. o município constitui-se, legalmente, como autoridade de planeamento e ordenamento a nível concelhio, administrando o seu território. deve, por isso, bater-se pelo cumprimento das demais disposições, nomeadamente pautar-se pela verificação e cumprimento das disposições regulamentares dos planos que elabora, bem como deve actuar ao nível da fiscalização e da verificação das intervenções no território, acautelando antecipadamente a ocorrência de situações de operações urbanísticas e intervenções clandestinas.
  • qualidade de vida e do ambiente urbano. a intervenção municipal deve ser o de estabelecer um papel regulador e promotor da qualidade de vida e do ambiente urbano, nomeadamente no âmbito da elaboração de planos e outras operações urbanísticas, bem como de programas integrados de intervenção urbana.
  • exigência ao nível da intervenção e administração urbanística. o município enquanto autoridade de planeamento e ordenamento, e ‘representante e defensor’ do bem comum, deve procurar a melhoria da qualidade de vida e do ambiente urbano também ao nível da administração urbanística, através da definição de padrões elevados de qualidade nas intervenções urbanísticas, quer por si desenvolvidas, que apresentadas pelos particulares.
  • incutir nas intervenções sobre o território preocupações ambientais e urbanísticas. nas intervenções que leva a cabo, o município deve integrar preocupações ambientais e urbanísticas, não só respondendo à elevação dos padrões de qualidade, mas também como forma de legitimação da sua acção reguladora e fiscalizadora, e como forma de sensibilização e de pedagogia para a intervenção dos particulares.

no sentido do estabelecimento de opções estratégicas no âmbito da política de ordenamento do município, a força espinho advoga:

  • qualificação das áreas de expansão urbana, das periferias densamente povoadas e desarticuladas e sub-equipadas
  • atenção na concepção e gestão dos espaços públicos
  • redescobrir o valor ecológico, cívico, simbólico e recreativo dos espaços públicos abertos – parques, jardins, praças, ruas, alamedas
  • construir o espaço imagético e proporcionar identidade na cidade
  • resolver problemas de desintegração social
  • contrariar processos de despovoamento
  • valorizar e articular os seus territórios periféricos e de expansão
  • desenvolver novas centralidades, com espaços de comércio e serviços nas freguesias
  • desenvolver uma estratégia de atracção de investimentos externos
  • promoção do marketing urbano

no campo das medidas / acções / projectos propõe-se:

  • revisão do plano director municipal. entende-se o plano director municipal como um instrumento que estabelece o compromisso entre a clareza das regras que proporcionem uma gestão urbanística coerente e eficaz, ao mesmo tempo que terá de incluir a flexibilidade controlada para poder conter propostas que, embora não previstas desde já, possam traduzir-se em mais valias para o desenvolvimento municipal. assume-se que o pdm deve ser balizado pela definição de um modelo estratégico de desenvolvimento que suporte e dê legitimidade, técnica e política, ao ordenamento físico do território, circunstância que se pretende concretizar através do apelo à participação de todos os agentes que intervêm directa ou indirectamente no território. deste modo também se assume que este pdm deve ter uma forte componente de participação, consubstanciando-se num “plano participado”. procura-se assim reunir as condições necessárias para a elaboração de um instrumento de ordenamento consistente que contribua para uma mais eficaz gestão do território e que defina as linhas mestras de desenvolvimento, orientador e estimulador das acções.
  • planos / programas integrados de intervenção urbanaprogramas multidisciplinares e transdisciplinares de intervenção com objectivos múltiplos de intervenção no espaço físico e no tecido social.
  • impedir o surgimento de situações clandestinas e de urbanismo marginal e resolver os casos existentes
  • levar a cidade às freguesias – as vantagens da urbanidade devem ser usufruídas por todos os municípes. deve-se estabelecer uma rede entre a cidade e os núcleos complementares das freguesias que precisam de ser reforçados em circunstâncias de equidade no usufruto da cultura, da educação, do desporto, da saúde, dos serviços e de outros equipamentos.
  • constituição de uma bolsa de solos, em área urbana / urbanizável, garantindo a disponibilidade de solo municipal para as iniciativas públicas em localizações adequadas, e/ou para contrapor soluções alternativas a iniciativas privadas.

projectos motor/âncora

no sentido do que vem sendo referido no âmbito do presente programa, e na prossecução dos objectivos estratégicos e genéricos que vêm sendo defendidos, a força espinho entende como necessários e como catalisadores das dinâmicas enunciadas os seguintes projectos motor / âncora:


enterramento da linha de caminho de ferro (prolongamento do…)

o enterramento da linha de caminho de ferro no troço central da cidade de espinho é uma grande vitória do concelho de espinho. no entanto, a força espinho é da opinião de que o actual projecto não responde consentaneamente aos desafios que se colocam ao concelho de espinho, ao condicionar indefinidamente o desenvolvimento urbano da cidade para sul, acrescido do facto de estabelecer novas barreiras, à já de si ‘afastada’ população da zona da marinha e do bairro piscatório.

tal proposta, do prolongamento do enterramento, pretende contribuir para a continuidade do sentido de pertença ao espaço urbano da cidade de espinho, sem criação de barreiras físicas que impeçam a total permeabilidade e fruição dos espaços, contribuindo, de igual modo, para a integração e interligação das diferentes áreas que compõem o ambiente urbano, numa relação expressiva por forma a constituírem sequências coerentes, num âmbito mais alargado da unificação e coesão interna da cidade.

mais gravoso que isso, no entender deste movimento, é impeditivo de uma intervenção de âmbito mais global e decisivo para o futuro, e que impede nomeadamente a concretização de grandes projectos como os que a força espinho propõe nesta secção.


estudo urbanístico da área à superfície a libertar em virtude do enterramento da linha

o enterramento da linha proporciona a libertação de um enorme espaço à superfície de mais de 60 hectares, providenciando uma oportunidade única de levar a cabo uma intervenção de requalificação do espaço público permitindo futuramente a sua fruição segura e descontraída, podendo-se constituir como um novo ‘landmark’ e âncora de atracção de visitantes, possibilitando a realização de actividades de recreio e de lazer, e servir de palco às mais variadas manifestações de índole artístico, cultural, social e político.

dada a concordância genérica da população sobre o enterramento da linha férrea, apresenta-se como uma oportunidade extraordinária de congregar os habitantes através do seu envolvimento em torno de um objectivo comum de pensamento e construção do seu espaço colectivo, naquilo que se poderia afirmar como uma intervenção enquadrável no lote das boas práticas de requalificação de áreas urbanas e dos espaços colectivos com o envolvimento efectivo da população.

neste sentido, a força espinho propõe levar a cabo a realização de um concurso internacional de ideias, a par de um conjunto de iniciativas, a realizar localmente, no sentido da auscultação da população, bem como envolver a comunidade neste processo, nomeadamente as escolas e outras instituições.


centro intermodal de transportes

para a afirmação de espinho como pólo de referência a nível regional, é fundamental que os acessos ao seu núcleo urbano mais importante, a cidade de espinho, aconteça de forma qualificada e enriquecedora, quer para os seus habitantes, quer para os visitantes. é inconcebível que ao nível dos transportes públicos não exista já uma infraestrutura que responda adequadamente às necessidades e às exigências, de acesso, conforto e comodidade.

a força espinho, no quadro daquilo que se defende como intervenção mais alargada, entende que o enterramento da linha de caminho de ferro (prolongado relativamente ao projecto actual), possibilita a concretização de uma infraestrutura intermodal de transportes, junto à área da estação de espinho-vouga / antigo cais de mercadorias da cp, associando a nova estação da cp, e as estações terminais dos ‘metros’ ligeiros (metro do porto e metro do vouga), bem como de uma central rodoviária e uma central de táxis.

acresce ainda a oportunidade da criação de um espaço público de referência, uma praça, que poderá acontecer em frente da ex-fábrica brandão gomes, que permitirá afirmar-se como elemento qualificador e enriquecedor da área, ao contrário de ser apenas mais um equipamento despercebido na cidade.


metro do porto

na sua afirmação no âmbito da área metropolitana do porto, e dado o volume de movimentos diários entre espinho e o porto, o metro do porto deve expandir a sua rede até à cidade de espinho. a força espinho entende que o concelho, no quadro da estratégia que se desenha no presente programa, não pode ficar de fora deste projecto estruturante da região metropolitana do porto, e dado o seu contexto polinucleado, e no sentido de um desenvolvimento em rede de pólos e aglomerados urbanos, a cidade de espinho não pode ser excluída de uma infraestrutura de transportes como esta.


metro do vouga

tal como se defende nos contributos para uma visão de futuro, a transformação da actual linha do vouga numa infraestrutura de transportes semelhante à do metro do porto é fundamental para a afirmação do concelho de espinho como elemento ‘rotativo’ entre a feira e o porto, designadamente.

essa transformação deve incidir numa modernização do actual serviço, com duplicação da via, nos troços de maior tráfego, com correcção de traçados e de percursos, bem como dos locais de paragem.

este grande projecto permitirá, na área correspondente ao concelho de espinho, correcção de percurso e de traçados por forma a servir pontos chave das freguesias de silvalde e de paramos, contribuindo para o reforço dos acessos de transportes públicos ao ‘centro’ do concelho.

uma ligação importante será concerteza a ligação ao europarque, providenciando uma ligação directa, rápida, cómoda e segura entre esta grande infraestrutura e o concelho de espinho, permitindo usufruir das externalidades positivas daquele equipamento, podendo captar para fins turísticos os seus utilizadores, que poderão pernoitar mais facilmente em espinho, ou que usarão espinho como meio de chegar aquele local.


cidade desportiva

a condição desportiva é essencial na sociedade moderna contribuindo decisivamente para o seu bem-estar. a constituição de uma ‘cidade desportiva’ através de complementaridades entre as actuais infraestruturas existentes (nave desportiva, complexo de ténis) e as previstas (estádio municipal) é uma proposta que se assume também como um elemento estruturante neste programa.

deve ser realçado que tal ‘cidade desportiva’ será constituída na base destes equipamentos destinados à competição em complementaridade com outros destinados ao usufruto casuística ou programado, no âmbito de acções de mera utilização espontânea ou da utilização no âmbito da formação desportiva.

a cidade desportiva contará com circuitos de manutenção, pistas pedonais e cicláveis, e outras infraestruturas adequadas.


estrutura ecológica

no sentido da prossecução de um quadro ambiental de referência e na busca de uma situação de equilíbrio sustentado entre a ocupação humana e a estrutura biofísica de suporte, a força espinho defende a constituição de uma estrutura ecológica assente nos valores ambientais e paisagísticos presentes no concelho, nomeadamente estabelecendo as conectividades entre os diferentes elementos, no duplo sentido, seja da sua preservação, seja no seu usufruto compatível com a conservação dos elementos essenciais.

esta estrutura ecológica passa decisivamente pela constituição de complementaridades entre os vários espaços do concelho, designadamente da cidade desportiva, e dos elementos naturais tais como a mancha florestal a nascente, as ribeiras, a lagoa de paramos / barrinha de esmoriz, e a costa marítima.

contributos para uma visão de futuro

a força espinho, enquanto movimento constituído por um conjunto de cidadãos que pensa e reflecte sobre o desenvolvimento do concelho de espinho, apresenta os seus próprios contributos para a construção de uma visão partilhada sobre o futuro do concelho.

desta forma, devem constituir objectivos globais do concelho de espinho:
  • a afirmação no contexto regional, enquanto pólo urbano ‘rótula’ e de referência entre a área metropolitana do porto e a região de entre douro e vouga.
  • constituir-se como concelho de excelência para as actividades humanas: para a residência, para o trabalho, para a cultura, para o desporto, para o recreio e lazer e o divertimento, para o consumo, etc
  • a educação, qualificação e formação profissional, de base e contínua, para o conhecimento e a inovação
  • a diversificação empresarial e a qualidade do emprego baseada numa cultura empresarial receptiva a novas ideias e que procura continuamente a qualificação dos seus processos produtivos e do meio ambiente.
  • assumir-se como cidade das cidades: cidade de cultura, de desporto, de formação, de inovação, do ambiente, da cidade inclusiva, etc
  • projectar-se como destino turístico multifacetado e qualificado (turismo de massas, turismo cultural, turismo desportivo)
  • constituir-se como referência em boas práticas de planeamento e desenho urbano e da qualidade de vida e do meio urbano

espinho – rumo a 2025

a base de entendimento deste movimento é a elaboração de um plano estratégico de desenvolvimento do concelho de espinho, definido num lapso temporal alargado de cerca de 20 anos – espinho – rumo a 2025 – que tem como grandes objectivos a:

(i)
definição de uma estratégia de desenvolvimento sócio-económico para o concelho, que responda às necessidades e aspirações comuns da população através da construção de uma visão global assente em factores identitários;

(ii)
a consolidação de relações de confiança e do capital social local e a institucionalização de uma infra-estrutura inter-relacional de rotinas, mecanismos e estruturas comunicativas entre os agentes para a reconsideração constante das prioridades, para o fomento de novas interacções entre as organizações locais e para meios de decisão cada vez mais inclusivos.

deste modo, pretende-se com a elaboração deste plano não apenas a definição de uma mera estratégia de desenvolvimento datada e estanque mas contribuir para a implementação de um processo activo e contínuo de construção do futuro da comunidade, baseado na união de todos os agentes e actores em torno de propósitos comuns, ou seja, gerar um processo com efeito bola de neve no qual os agentes e actores locais vão eles próprios tomando conta do destino do concelho gerindo as suas próprias oportunidades, eventualidades, mudanças e contingências, contrariando bloqueamentos e fragilidades e tirando partido das potencialidades face a cenários desejáveis de chegada por eles mesmos traçados.

estratégia global

a força espinho preconiza para o concelho de espinho um desenvolvimento integrado, nas várias valências, a ser consubstanciado na construção de uma visão global de desenvolvimento a longo prazo, consubstanciada através da mobilização social, centrada no processo e nas estratégias, no quadro de um processo de desenvolvimento onde importa extenuar os estrangulamentos e catapultar as oportunidades e atender à sua qualificação.

este novo entendimento do desenvolvimento preconizado para o concelho de espinho depende essencialmente da capacidade da comunidade em si fomentar o seu capital social, ou seja, da comunidade construir uma ‘infra-estrutura’ relacional para a acção colectiva.

o processo de desenvolvimento é assim ‘devolvido’ à comunidade e à(s) autarquia(s) local(is) através da definição de estratégias e incremento da confiança em cooperação activa entre todos os agentes locais, públicos e privados.

para tal, a força espinho adoptará os seguintes princípios de acção:

  • encorajar iniciativas e a 'entre-ajuda' locais,
  • encontrar soluções que respondam às necessidades mais frequentes,
  • fortalecer o processo e as instituições democráticas locais,
  • aumentar o apoio público ao planeamento local e ao desenvolvimento de estratégias,
  • mobilizar os participantes e os 'entusiastas' e,
  • estimular os processos de aprendizagem e de construção de confiança.

nova forma de estar e fazer política

a força espinho não é mais uma ‘força política’ no sentido tradicional, isto é, é uma força constituída e construída com base na participação voluntária dos seus elementos, que congregam e partilham uma nova forma de estar e de fazer política no concelho de espinho.

é nesse sentido que a força espinho apresenta o seu programa, elaborado a partir da base, e não da imposição de programas pré-definidos, e cuja espinha dorsal se baseia num conjunto de valores e atitudes transversais aos demais sectores e acções.

coesão e solidariedade
estimular a integração contra a exclusão. os benefícios do desenvolvimento económico e social devem ser para os indivíduos – todos os indivíduos, pelo que se tem como base de actuação a adopção de políticas locais contra a exclusão assente numa base territorial, com a aplicação do princípio da igualdade de tratamento, a igualdade de oportunidades e a inclusão social.

sustentabilidade
integração de princípios de sustentabilidade em todas as políticas e fazer das especificidades do concelho de espinho a base das estratégias locais. significa isto também a recusa de soluções imediatistas e provisórias e a adopção e prossecução de políticas e medidas de longo alcance, tendentes ao médio e longo prazo, sem prejuízo da resposta a necessidades prementes e imediatas (em todo o caso enquadráveis numa visão global).

envolvimento e participação da população e governação urbana
o futuro do concelho é uma responsabilidade partilhada. a cooperação e parceria entre os diferentes sectores da comunidade, organizações e interesses são elementos essenciais em prol do desenvolvimento concertado do concelho. a governação municipal é um processo, e tem de ser um processo partilhado de experiências, de trabalho multidisciplinar, de parcerias e de redes, consulta e participação da comunidade local, e com mecanismos inovadores de envolvimento dos cidadãos no destino da comunidade e de novas atitudes de governância, buscando a legitimidade alargada e partilhada das opções.

coerência e competitividade
o concelho no seu todo é um conjunto diferenciado de várias partes que a constituem, cada qual com as suas especificidades e características intrínsecas. a actuação no sentido de uma política de desenvolvimento local concertada deve assim prosseguir objectivos de coerência na intervenção nas suas várias partes, constituindo complementaridades essenciais no preenchimento das necessidades concelhias, contribuindo para a competitividade genérica do município.

transversalidade e integração das políticas, programas e acções
a realidade não é estanque nem espartilhável. quer isto dizer que as políticas, programas e acções têm de ser integradas e partilhadas de forma multidisciplinar e transdisciplinar. Isto é, tem de se pautar a acção pela articulação entre as políticas transversais e as políticas sectoriais, e entre estas com os objectivos das políticas territoriais e urbanas. ou seja, uma política ou medida no âmbito desportivo, por exemplo, pode e deve tornar-se mais abrangente e incluir medidas e colaborações no âmbito do sector educativo, cultural, e outros, numa abordagem multisectorial horizontal que explora as várias valências (sociais, económicas, culturais, urbanas).

introdução

entramos já decididamente no século xxi. espinho, um concelho jovem, que sempre se pautou por um grande dinamismo e afirmação pela inovação, espírito cultural e boémio, parece que se encontra a entrar numa crise que se costuma endereçar ‘às pessoas de meia idade’. espinho não pode parar, não pode permanecer num estado estacionário, quando tudo o mais acontece à sua volta.

o movimento independente força espinho apresenta-se, neste sentido, a este acto eleitoral, com a vontade expressa e inequívoca de devolver a espinho o papel de destaque que merece no panorama das cidades médias portuguesas, o qual tem vindo claramente a decair.

a força espinho acredita e pugna por uma política de desenvolvimento do concelho de espinho elaborada por e dirigida aos seus habitantes e concidadãos, no seu todo, em que de forma visível e esclarecida as rédeas do concelho estejam nas mãos dos seus munícipes.

este é o espírito deste movimento, até pela sua formação assente na disponibilidade incondicional de um conjunto de cidadãos que desta forma afirmam os seus deveres de cidadania e participação pública e política, para os quais o futuro do concelho deve pertencer aos espinhenses, em sentido lato, e não apenas a um conjunto restrito de directórios.

contributo programático

no âmbito da participação no movimento independente 'força espinho' e no sentido da preparação de elementos contributivos para a elaboração do programa da candidatura, deixarei aqui, nos textos que publicarei de seguida o meu contributo programático numa série de áreas ditas genéricas e transversais e noutras ditas sectoriais:
  • introdução
  • nova forma de estar e fazer política
  • estratégia global
  • espinho – rumo a 2025
  • contributos para uma visão de futuro
  • projectos motor/âncora
  • planeamento, ordenamento do território, e desenho urbano
  • do envolvimento cívico

18 agosto 2005

quem gosta, gosta sempre!



já aí está o novíssimo álbum de jay-jay johanson, intitulado rush, apesar de o seu lançamento oficial estar marcado apenas para o início do mês de outubro

sem o efeito surpresa e a demonstrar algum distanciamento qualitativo relativamente aos seus primeiros, e aclamados álbuns: whiskey (1996) e tattoo (1998)

é caso para dizer que apesar de tudo, e para os indefectíveis:
'quem gosta, gosta sempre'

rush / jay-jay johanson (rush, 2005)
clicar aqui para ouvir

16 agosto 2005

sobre a política e os políticos

ele há cada vez mais aqueles que fazem questão de se desvincular e de reforçar a existência de um fosso entre o que se poderia denominar por um cidadão comum e um cidadão político

quanto a mim, nada de mais errado, porquanto todos nós somos políticos, quer pela própria inacção política estamos a ter uma atitude política

atente-se neste texto (clicar para abrir), onde se refere que de facto, e de um modo genérico, se tende a pensar a política ou a acção política exclusivamente relacionada com a actividade de governo, com os partidos políticos, e eleições de cargos políticos

no entanto, diz-se, que se se entender a política de um 'ponto de vista dinâmico', então a política deve ser 'entendida como um aspecto fundamental de toda a vida social'. aliás a antropologia política encara o humano como 'homo politicus'.

no texto cita-se jean paul sartre que afirmou que 'fazer o amor é um acto político', 'afirmação que conceitualiza bem esta ideia'.

entretanto, em português parece um pouco dificultado o trabalho de discernir do que se está exactamente a falar quando se fala de política, uma vez que a mesma palavra serve para referir-se a coisas, que embora sejam próximas, são elas mesmas distintas.

já na língua inglesa existe uma clara distinção entre as várias 'políticas', distinguindo-se entre:
'polity' - modos de organização do governo
'policy' - tipos de acção para a direcção; e
'politics' - estratégias de competição entre indivíduos e grupos

outro entendimento da política, referido no dito texto, é o seu assumir como 'uma tensão entre a ordem e a desordem', onde o 'poder' assume o papel de regulador de tal tensão. assim, o fim último da política é estabelecer uma ordem social e reduzir a desordem social

assumir a cidadania plena, é também afirmar a capacidade plena da acção política e da participação activa na vida da comunidade, pelo que é natural que eu próprio chame a mim a minha quota parte de participação, e afirme a minha condição de 'homo politicus'

homo politicus



movimento independente 'força espinho'
www.f-espinho.com

15 agosto 2005

pragmática conjugal*

do casmurro:

pragmática conjugal

«o casamento é uma longa conversa, entrecortada por discussões.»
robert louis stevenson, conversa e conversadores
(traduzido por célia henriques)

*enciclopédia de bolso do groucho, bloco-notas a5, capa cor-de-rosa, fl. 25b, fundo da mesa de cabeceira.

consultório sentimental

digno de registo a resposta de rodrigo moita de deus, n'o acidental, a um daqueles irritantes comentários-spam:

excellent blog! I give it an a+ with a gold star!! if you want, you can check out my blog that reveals many things that nobody knows about how the new chevrolet corvettes.
leitor não identificado

tanks very nice for you kind palavras and medalha! its always very good to be conhecido internacionaly. ere gasoline very pilim for guiar corvette. next time go and spam your mãezinha, yes?
[rodrigo moita de deus]

camaleando por aí

o acidental
alfinete de peito
biblioteca de babel
gato fedorento
grande loja do queijo limiano
joão pereira coutinho

sentido crítico

nova nota cuja razão de menção nas folhas soltas não é lembrada.
e vão três...

14 agosto 2005

pelo mundo da música (24)

timbuk 3
edge of allegiance (1989)

rage against the machine
rage against the machine (1992)
evil empire (1996)

the smiths
the best of the smiths vol. 2 (1992)

van morrison
the best of [volume 2] (1993)

ed motta
manual prático para festas, bailes e afins (1997)

ute lemper
punishing kiss (2000)

jay-jay johanson
rush (2005)

13 agosto 2005

pelo mundo da música (23)

suzanne vega
tried and true - the best of... (1999)

peter murphy
wild birds 1985-1995 - the best of the beggars banquet years (2000)

thomas newman
angels in america st (2003)

fala à vontade

passei por lá, e não me limitei a atravessar de ponta a ponta, percorri os ínvios caminhos pelo interior desse enorme campo de letras que foi sendo semeado, cultivado e tratado ao longo do fio dos dias, colhendo excelentes 'frutos' de palavras que realmente são mais do que pão para a boca, são pão para a alma, e que no entando não sacia essa fome de sentimentos, pelo contrário, anseia-se por mais e mais... bem haja

fala à vontade

09 agosto 2005

corpus sanum in mente sana (50)

ufa ufa
exercício 17

nelas



quinta do cale / nelas

07 agosto 2005

dancing with myself

when there's no-one else in sight
in the crowded lonely night
well I wait so long
for my love vibration
and I'm dancing with myself

well there's nothing to lose
and there's nothing to prove
I'll be dancing with myself

if I looked all over the world
and there's every type of girl
but your empty eyes
seem to pass me by
leave me dancing with myself

so let's sink another drink
'cause it'll give me time to think
if I had the chance
i'd ask the world to dance
and I'll be dancing with myself

dancing with myself

dancing with myself / billy idol (greatest hits, 2001)
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04 agosto 2005

incêndios

ora nem de propósito, quando na tv são imagens e mais imagens da verdadeira calamidade nacional dos incêndios eis que dou por mim a ouvir esta música dos franz ferdinand coincidentemente intitulada this fire

this fire / franz ferdinand (franz ferdinand, 2004)
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já agora, não a estava a ouvir, mas também foi lembrada:
fire water burn / the bloodhound gang (one fierce beer coaster, 1996)
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óh sr. soares desapareça!

sobre a despropositadíssima pré e futura candidatura de mários soares e suas movimentações, este artigo de francisco josé viegas, no jornal de notícias de hoje é de leitura imprescindível

já agora, numa das suas várias 'cortes' descentralizadas em jeito de vá para fora cá dentro (leia-se presidências abertas), soares exaltou-se contra um senhor agente de polícia que apenas cumpria a sua função, dizendo-lhe: óh sr. guarda desapareça!

e então não é que este mesmo sr. soares não se enxerga? apetece mesmo dizer-lhe: óh sr. soares desapareça!

período de reflexão

na terça-feira, o presidente da república recebeu dois putativos candidatos a belém, ou seja, a ocupar-lhe o cadeirão. cavaco e soares foram a belém. a visita de soares foi anunciada com antecedência. a de cavaco não foi anunciada. a de soares teve direito à presença do próprio diante das câmaras; a de cavaco, pelo fresco da manhã, foi conhecida apenas depois de soares sair de belém. cavaco foi a belém falar com sampaio; soares foi a belém "para ouvir o presidente". para os apoiantes de soares, como o vítor ramalho, as duas visitas traduzem personalidades opostas. nada mais exacto. ramalho diz que cavaco foi a belém em silêncio porque é uma personalidade mais comedida; e que soares, pelo contrário, faz as coisas "à vista de todos". nada mais inexacto. soares faz à vista de todos o que lhe convém, razão porque as duas visitas a belém resultaram numa espécie de ko técnico de cavaco sobre soares, e num ko absoluto de sampaio sobre a tentativa de soares comprometer o presidente no seu "período de reflexão". fiquei surpreendido e não esperava tanto; sampaio foi corajoso e claro. não deu ponto sem nó recebeu soares mas, depois, disse que já tinha recebido cavaco. aliás, o "período de reflexão" de soares é a coisa mais caricata que já se viu. primeiro, ludibriou manuel alegre. depois gritou, em surdina (mas gritando), para o país: "senhores, estou em período de reflexão."como se dissesse: o país deve calar-se, não deve dirigir-me a palavra com perguntas incómodas, passem a andar em bicos de pés, não arrastem cadeiras nem assobiem nos corredores; estou em "período de reflexão". nunca se viu reflexão mais barulhenta nem mais sonoro abrir e fechar de portas, com o estrondo de um vulcão. a ideia seria excelente: que o país assistisse, de bruços, à reflexão do velho presidente, que decidiria, no meio desse rumor expectante, se regressa para pôr em sentido a direita e para disciplinar a esquerda, "unindo os portugueses". o país acordaria para comprar os jornais à procura da decisão de soares nas primeiras páginas, assistiria aos telejornais, ansioso por perceber se soares já terminou a sua reflexão e se tinha, ou não, conseguido o apoio de empresários, académicos, banqueiros e artistas de teatro. depois todos gritaríamos, em uníssono, "soares é fixe" e partiríamos para os arraiais de campanha. durante 15 dias, um mês, o país ficaria suspenso, nos areais do algarve ou em luminosas esplanadas do minho, aguardando o desenlace desse "período de reflexão". e, sentado numa varanda, à sombra, contemplando mapas, sondagens, rodeado de telefones e de blocos de apontamentos, com o lápis atrás da orelha, com suspensórios estivais, soares decidiria o que fazer com este país que periodicamente ensandece mas que, chamado à pedra, demonstra que o não esquece, cheio de gratidão. é exactamente isto que não pode acontecer. não é por si, dr. soares, que me merece respeito e seriedade: é pelo país, que precisa de crescer e de deixar de depender de todos os pais e padrinhos. o senhor, dr. soares, admito, gosta do país. tem por ele, até admito ainda, uma inestimável e diabólica ternura. por isso mesmo, deixe-o crescer. deixe-o cometer disparates. eu sei que a maioria absoluta de josé sócrates é capaz de ser um problema para o senhor. mas nós, portugueses, somos assim, incompreensíveis e idiotas: tanto o elegemos a si, para manifestar a nossa inteligência, como damos maiorias a cavaco e a sócrates para exibir a nossa incompetência. somos um caso perdido. reflicta sobre isso, entretanto.

francisco josé viegas escreve no jn, semanalmente, às quintas-feiras

perfect day

perfect day / lou reed (trainspotting st, 1996)
(clicar aqui para ouvir)

mira



praia de mira
(cm mira)

02 agosto 2005

from dead man

improvement makes straight roads,
but the crooked roads without improvement,
are roads of genius.
william blake

dead man (jim jarmusch, 1995)

maps

maps / yeah yeah yeahs (fever to tell, 2003)
clicar aqui para ouvir

corpus sanum in mente sana (49)

ufa ufa
exercício 16

01 agosto 2005

sr. certinho vs caseiro

e aí está mais um apontamento cuja origem não é igualmente lembrada de forma fidedigna… mas neste caso arrisco dizer mais qualquer coisa.

sr. certinho foi como alguém se dirigiu para mim.

não pude deixar de entender este epíteto completamente deslocado, ainda vindo de quem veio.

compreendo-o, de algum modo, mas concedendo-lhe uma margem de veracidade muito exígua, passe a redundância (1).

por outro lado, é o exemplo acabado de que se chega a rótulos imediatistas tão imprecisos quanto ridículos, e leva-me um pouco mais longe, pressupondo uma analogia global e genérica:

o mundo é o palco da vida em que todos somos actores, ora principais, secundários, ou meramente figurantes, dependendo das situações, no tempo e no espaço, e ainda numa outra dimensão que se refere ao social, entendendo esta última dimensão no que respeita aos destinatários das acções sejam no papel de intervenientes na cena ou de meros espectadores.

em todo o caso, um mesmo indivíduo pode assumir todos os valores possíveis numa gradação de valorização da importância da sua representação, dependendo do ponto de observação, ou se se quiser chamar, numa figura cartesiana, dependendo do ponto de origem.

mas mais do que isto, estamos presentes numa grande peça, mas desempenhando diferentes papéis, ou melhor dito, num sistema de peças, entrando em várias sub-peças que constituem as suas diferentes partes.

deste modo, cada indivíduo tem do outro, não a sua exacta correspondência enquanto indivíduo mas sim uma representação, um papel, uma parte do sistema, que pode ser mais ou menos superficial, ou mais ou menos próxima do sistema no seu todo (sendo que o sistema no seu todo não existirá, ou talvez melhor dito, tenderá para o infinito).

e aqui neste jogo de representações há de tudo, desde representações naturais, a representações dissimuladas, a representações forçadas, a representações voluntárias e involuntárias, e a cada instante os indivíduos poderão de alguma forma regular o seu grau ou a sua postura de actuar, fornecendo representações minimalistas, através de pequenas partes do sistema, ou através de representações mais consentâneas com o aproximar do todo.

é não perceber a relatividade da representação da vida real, e o papel de cada um tem, para consigo próprio e em relação aos outros actores, que casos caricatos como este surgem.

infelizmente ou felizmente, vá-se lá saber…

(1) [para o melhor entendimento da origem desta compreensão e do seu grau de valorização seria necessário um desbravar por assuntos que no caso não se inserem no âmbito do que aqui vai aparecendo, inclusive, este próprio ‘post’ já poderá parecer excessivo…]

zooropa

(...)

and I have no compass
and I have no map
and I have no reasons
no reasons to get back

(...)

no particular place names
no particular song
I've been hiding
what am I hiding from

(..)

zooropa / u2 (zooropa, 1993)
clicar aqui para ouvir