brlurp brlurp corpus sanum in mente sana

exercício 8:
de frente, de costas e com braços

is that all there is?

i remember when i was a girl
our house caught on fire
and i'll never forget the look on my father's face
as he gathered me in his arms
and raced to the burning building out on the pavement
and I stood there shivering
and watched the whole world go up in flames
and when it was all over
i said to myself
is that all there is to a fire ?
is that all there is?

is that all there is?
if that's all there is, my friends, then let's keep dancing
let's break out the booze and have a ball
if that's all there is

and when I was twelve years old
my daddy took me to the circus
the greatest show on earth
and there were clowns
and elephants
dancing bears,
and a beautiful lady in pink tights flew high above our heads

and as I sat there watching
i had the feeling that something was missing
i don't know what
but when it was all over
i said to myself
is that all there is to the circus ?

is that all there is?
if that's all there is, my friends, then let's keep dancing
let's break out the booze and have a ball
if that's all there is

and then I fell in love
with the most wonderful boy in the world
we'd take long walks down by the river
or just sit for hours gazing into each other's eyes
we were so very much in love

and then one day
he went away
and i thought i'd die
but I didn't
and when I didn't
i said to myself
is that all there is to love ?

is that all there is?
if that's all there is, my friends, then let's keep

i know what you must be saying to yourselves
if that's the way she feels about it
then why doesn't she just end it all
oh no. not me. i'm not ready for the final disappointment
'cause I know just as well as i'm standing here talking to you
that when that final moment comes
and i'm breathing my last breath
i know what I'll be saying to myself
is that all there is ?

is that all there is?
if that's all there is, my friends, then let's keep dancing
let's break out the booze and have a ball
if that's all there is

is that all there is? / pj harvey (basquiat soundtrack, 1996)
clicar aqui para ouvir

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exercício 7:
continuação

rufus wainwright no coliseu do porto

o tipo até tem alguma piada, tem jeito para a coisa, mas o que é demais é moléstia…

tenho de confessar que não conhecia rufus wainwright nem a sua música, mas tive conhecimento deste concerto e fui à procura da sua música e fui também assistir ao concerto no coliseu do porto. pouca afluência por sinal…

da música deve-se dizer que apesar de alguma qualidade musical e de algum deleite aqui e ali, porque não dizê-lo, após um efeito surpresa muito positivo, pelas melodias e pela voz do rapaz, atinge-se um determinado nível que dá uma sensação do género: já estou a ouvir este tipo há muito tempo, o que não é obviamente um bom sinal

“o delírio no arranjo orquestral e nos detalhes vai reforçando e sublinhando a já tão falada pop-ópera, ou pop barroca, como se queira. a voz, essa, ondula e deambula, altiva e dolente, esticada por vezes no tempo, outras vezes com ar de enfado romântico e bucólico.”

E cá temos o ‘nosso’ “rufus a enganar meio mundo e a cantar odes às raparigas, e vai brincando como quando a determinado ponto cantava numa música …people straight… ao que ele fugindo da letra afirma: like me, quando já todos os fãs lhe conhecem a homossexualidade”

do tipo apetece-me dizer que parece um daqueles miúdos mimados que cresceu numa espécie de clã musical, onde o pai, a mãe e a irmã, e o mais que o valha andam no mundo da música, e que o mesmo fez questão de frisar na relação com o público, que não-sei-quem estava em tournée algures pela escócia, não-sei-quem-mais andava pela europa do leste, e outro-alguém, ele, andava em tournée pela europa do sul, etc, fazendo inclusive referências explícitas aos álbuns dos familiares… a quem sempre foi dado tudo e mais alguma coisa para fazer o que lhe vai na tola, e vai disparando por aí…

a prova é a parte final do concerto, já numa espécie de encore enquadrado no alinhamento do espectáculo, em que surpreendentemente todos os sete elementos em palco se vão literalmente despindo e ficando em lingeries ridículas, e o próprio rufus surge depois com umas asas de fada e uma varinha mágica, envergando ainda uma faixa com os dizeres: miss porto

ainda bem que há concertos assim, porque se não os houvesse, como distinguiríamos aqueles que de facto nos fazem saltar a tampa

fantástico gritar golo ao vivo

não é novidade nenhuma para mim gritar golo ao vivo, ou seja gritar golo, comemorar a festa de um golo no estádio, para quem é um regular e assíduo espectador de futebol, seja no estádio municipal mário duarte, em aveiro, seja no comendador manuel de oliveira violas, em espinho, apoiando os respectivos clubes da casa, beira-mar (por quem adquiri um especial cuidado, estando eu a viver nesta cidade de aveiro) e sp. de espinho (o clube da terra que me viu nascer e por quem torço bastante).

então qual é a novidade de gritar golo ao vivo? não é propriamente novidade, mas quem me conhece sabe bem que o clube que desperta todo o meu apoio interior é o fc porto, e as oportunidades de assistir a um jogo 'in loco' são poucas. por isso não perdi a ocasião de assistir ao embate entre o beira-mar e o fc porto, esta noite no novo municipal de aveiro. foi um jogo de nervos, com oportunidades bastante repartidas, e com um sofrimento enorme, onde o glo aconteceu apenas no último minuto. mas apesar de toda a incerteza no resultado e ansiedade, a festa foi enorme quando a bola entrou dentro da baliza que se encontrava à minha frente, estando eu sentado no local habitual, junto aos sócios do beira-mar, e pulei de alegria e festejei o golo como nenhum outro... melhor? melhor era estar junto aos super dragões.

desculpem-me lá esta coisa de ser um adepto fervoroso do fc porto, mesmo que isso não seja politicamente correcto, ou não seja intelectualmente e socialmente valorizado, não vacilo nesta questão e assumo-o plenamente...

fc porto sempre

hoje é dia da negra: força sp. espinho

hoje é [era] dia da negra, da finalíssima do campeonato nacional de voleibol, disputada entre o benfica e o sp. de espinho. verdade seja dita que a equipa do benfica foi a clara dominadora da época, mas chegando a este ponto, o sp. de espinho tinha a oportunidade de alargar o seu vasto historial na modalidade. tal não veio a acontecer e o benfica confirmou a sua supremacia na modadlidade esta época, mas o sp. de espinho vendeu bem cara a derrota, confirmando a vice-liderança conquistada na fase regular.

continua ainda a ser o clube nacional com mais prestígio na modalidade, senão atente-se na lista de vencedores (juntando-lhe também um troféu internacional top teams cup):
13 Sp. Espinho
13 IST
09 FC Porto
08 Leixões
05 Sporting
04 Castelo da Maia
03 Benfica
02 Esmoriz
01 Lisboa Ginásio
01 Ac. Espinho

tito, the one and only

este é em jeito daquele anúncio de há uns anos atrás que dizia qualquer coisa assim:
se eu não gostar de mim, quem gostará?

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exercício 6:
isso tudo, agora de costas

um dia também seremos assim?

darren: todos seremos assim!
bobby: assim como?
darren: sem ninguém que nos queira!
helen para darren: de qualquer modo, também a ti ninguém te quer!
bobby: estou certo que isso não é verdade!

may é uma avó que vive nos subúrbios. durante uma visita aos filhos, bobby e paula, em londres, o marido morre de um ataque cardíaco. mas may não consegue regressar a casa, não está disposta a ser mais uma velhota para quem a vida terminou como as suas vizinhas.

may fica então a viver com a filha paula, em londres. e apaixona-se por darren, um homem com metade da sua idade, amigo do filho que lhe está a recuperar a casa, e amante da filha paula.

“a mãe” é um filme que nos mostra tão de perto as cruas necessidades da natureza humana, que, por vezes, quase desejamos poder desviar o olhar. como um convencional drama familiar temos um pouco de amor, um pouco de tristeza e algumas duras verdades. mas temos também o retrato de vidas que não podem ser redimidas. temos o desmoronar de uma família à medida que cada um descobre novas verdades, sobre os outros e sobre si mesmo. e fica a dúvida: só conseguimos amar quem não conhecemos verdadeiramente?

(…)

o filme reflecte delicadamente a mudança de sensibilidade de may, a sua re-descoberta e abandono, emoldurando-a em umbrais de portas, janelas e espelhos, num jogo de tecidos brancos. e à medida que o sexo traz a may um novo brilho (a cena em que trauteia a música "space oditty" de david bowie é, no mínimo, refrescante), o desespero que corrói paula fá-la parecer tão velha como a sua mãe. mais do que uma forma de amor, o sexo é aqui usado como uma arma.

(…)

no final, no meio de tanto desespero e crueldade ficamos sem nenhum personagem do qual possamos verdadeiramente gostar. só nos resta a esperança de quando chegarmos à idade de may tenhamos pouco de que nos arrepender e tenhamos alguém que nos queira.

por rita almeida http://cinerama.blogs.sapo.pt/

o pingo doce baixou o preço do papel higiénico...

já podemos todos fazer muita...

e ele há coisas destas, e a publicidade não foge à regra. por muito aparvalhado que as coisas possam parecer, há objectos que de facto são imprescindíveis, e que só notamos a sua importância quando nos falta. mas não é disso, ou não é sobretudo disso que quero falar.

quero deixar aqui aletra de uma música que este anúncio me fez lembrar, cujo título é 'if I only had a brain' e que 'rezava' assim:
suppose i accidentally got my shit together
would i get a medal?
or a pat on the back and a little feather
I could stick in my cap or pin it to my shirt
go out in the yard and poke it in the dirt
or leave it in the woods where it couldnt be found
if it fell over, would it make a sound?
and if so, would it be the sound that you like?
or should I do it over, until I get it right?

e continua por aí fora... letra completa em:
http://www.theendoftheworld.org/900/spider3.shtml
if I only had a brain / mc 900 ft. jesus (one step ahead of the spider, 1994)
clicar aqui para ouvir

PS: mas não se julgue que isto do papel higiénico é uma coisa de somenos importância. veja-se por exemplo na III série do diário da república os concursos que aparecem para fornecimento de papel higiénico a hospitais e outros serviços. é um negócio a sério. e que o diga a renova, uma das mais conceituadas empresas portuguesas e com projecção internacional...

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exercício 5:
respiração, movimento de pernas e braços

fumo branco

habemus papam, que é o mesmo que dizer: temos papa

ter, temos, não me parece é que seja uma solução para ficar, antes parace uma espécie de compromisso temporário, deixando as grandes decisões para daqui a algum tempo...

joseph ratzinger tinha sido várias vezes apontado como favorito na sucessão de joão paulo II. braço direito de karol wojtyla, era repetente na votação e foi quem impôs a lei do silêncio a que os cardeais estiveram obrigados antes da reunião. a última missa do período da sé vacante foi também dada por ele. acabou por ser o escolhido numa das eleições mais rápidas da história recente do vaticano. será, a partir de agora, conhecido como benedicto XVI, ou bento XVI, o 265.º líder da igreja católica .

provém da linha mais dogmática da igreja, era decano do conselho cardinalício, antes da morte de joão paulo II, e dirigia a poderosa congregação para a doutrina da fé, herdeira da inquisição, com ideias que frequentemente chocam com as correntes liberais do seu país de origem, o nome de ratzinger surgiu em todas as polémicas no seio da igreja católica para travar as tentativas de reforma dos seus correligionários mais progressistas, e atacou também fenómenos mais leves como a música rock, apelidada de «expressão de paixões elementares».

está bem, mas também há os que dizem que a doutrina tem de parmanecer de certa forma pura e dura, u então também não entusiasma ninguém...

ora vamos lá a ver o que isto vai dar

simplesmente tito

sim, simplesmente tito, referindo-me obviamente a nenhuma inspiração para um nick para hoje. a dúvida deixar eternamente o nick anterior até arranjar uma nova motivação para um outro, ou colocar apenas o meu nome.

acho que a primeira não faz sentido, porque se há um sentido nisto é que o nick aparece por alguma razão simultaneamento lógica e especial, ou porque é o resultado de alguma acção, apreciação ou estado de espírito.

desta forma: simplesmente tito é a afirmação da minha pessoa, sou eu e pronto, e não preciso de arranjar temáticas inventadas só porque num ou noutro momento não há motivação...

um tiro no... pé

um tiro no escuro é uma tentativa de o cinema português chegar às massas... mas o resultado final é um pouco sofrível... um argumento que se adivinha a cada momento, e que se esfuma, sem qualquer adensar do enredo... frases soltas e feitas, parece que não estamos na mesma cena, e a utilização do calão para dar a impressão que aquilo 'acontece' mesmo... enfim, deixa algo a desejar...

entre isto tudo ele há um conjunto de situações que perpassam na história, desde a adopção, a imigração, a noite, o dilema do profissional vs pessoal, etc... mas tudo isto se perde numa série de clichés do cinema 'hollywoodesco', e no final até nem nos lembramos bem do nome das personagens...

salvam-se alguns apontamentos aqui e ali das interpretações, nomeadamente de filipe duarte e ivo canelas (joaquim de almeida é só para dar nome ao cartaz e a modelo brasileira vanessa machado aparece para mostrar a 'pele'), e também alguns encaixes da banda sonora...

...mas livrem-nos daquela sequência final, e sobretudo a do aeroporto... por favor

o fc porto ganhou no dragão?!!! boa

o 'meu' fc porto voltou a ganhar no dragão, sendo a segunda vitória consecutiva em casa. espera-se que seja o retomar de um hábito que nos últimos tempos não tem corrido da melhor forma. é de salientar que, se não estou enganado, este foi o primeiro jogo, a contar para a edição da superliga deste ano, em que o fc porto conseguiu dar a volta ao marcador.

a juntar a isto, o benfica voltou a perder pontos (yes), e até ao lavar dos cestos é vindima...

olé porto olé

força sp. espinho na luta pelo campeonato nacional de vólei

o sp. de espinho volta, quatro anos depois, a estar na luta pelo campeonato nacional de voleibal, estando a disputar a final 'à melhor de 5' com o benfica. após o jogo realizado esta tarde está tudo e aberto, depois do espinho ter vencido este jogo e empatado a série em 2-2, obrigando à finalíssima, a negra, a realizar na próxima semana no pavilhão da luz. o sp. de espinho está assim a uma vitória de se sagrar campeão nacional, podendo assim contribuir para o avolumar do seu já longo historial. aliás, o sp. de espinho é o clube com maior palmarés na modalidade a nível nacional.

força sp. espinho

espaço para a ciência

a fábrica da ciência, em aveiro, vale bem a pena uma visita...

este centro, sob a alçada da universidade de aveiro, localiza-se nas instalações da antiga fábrica da companhia aveirense de moagens, e encontra-se apetrechada com salas de exposições temporárias e de multimédia, laboratório didáctico, centro de robótica, estádio nacional de futebol robótico, teatro para comunicar ciência e um planetário insuflável.

actualmente conta com uma exposição subordinada ao tema 'os genes e a alimentação', com um filme tri-dimensional 'viagem ao interior da célula' e ainda com 'a verdadeira história da química do ovo mole de aveiro' n'a cozinha é um laboratório'

http://www.fabrica.ua.pt/cienciaviva/centro.asp

então bora lá aos hamburgueres e cachorros

cadê a malta: mas é feriado hoje?

não é feriado, mas parecia ser, ou melhor, devia parguntar: é domingo de manhã? esta cidade que me acolhe, e que de certa forma me 'conquistou', tem destas coisas: uma e pouco da tarde de uma sexta-feira e ninguém na rua...

...parece que as pessoas não vivem a cidade, como noutros sítios. tal como a cidade onde nasci e cresci, falo de espinho obviamente, em que é sempre um manancial de gente por tudo quanto é lado... enfim, cada cidade a sua vivência e especificidades próprias

quanto ao feriado, até bem que poderia ser, e sabia muito bem ;)

everybody hurts

everybody hurts / r.e.m. (automatic for the people, 1992)
clicar aqui para ouvir

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exercício 4:
mais do mesmo ;)

dazkariano?

a música dos dazkarieh é caracterizada por um manancial rico e diversificado de sons inspirados em várias culturas musicais do planeta, partindo do uso, da exploração e da fusão de instrumentos e de elementos musicais com origens distintas. a heterogeneidade musical assumida pelo grupo é patente num conjunto de composições que, pela síntese de materiais musicais tão diversificados, podem ser apontadas como singulares, mas sempre cativantes e originais. por outro lado, a formação musical diferenciada dos seus instrumentistas (música tradicional, rock, experimental e música erudita), contribui igualmente para o enriquecimento do processo criativo do grupo.
mais sobre dazkarieh
http://www.dazkarieh.com/

les temps du loup

filme futurista, catastrofista, sem as habituais parafernálias dos efeitos especiais, as coisas tal como são, nuas e cruas… apenas o homem, da era internet, e a sua luta pela sobrevivência..

algures na europa, depreende-se que é na europa, uma família chega à sua ‘casa de campo’ para aquilo que aparenta ser um verdadeira fim de semana em família, ou umas férias… puro engano… a casa está tomada por fugitivos não se sabe a quê, e a partir daí é uma sequência continuada de situações de luta pela sobrevivência, num contexto onde não se sabe muito bem o que se passa, mas sabe-se que as pessoas fogem de algo, os animais morrem, a comida escasseia, as águas estão contaminadas… etc

a luta entre o homem da era internet, e o homem ‘animal’, os sentimentos e as relações familiares, as relações entre povos, as relações de poder entre quem ainda tem alguma coisa para trocar, e entre quem já não tem nada…

apesar de filmado em jeito de alegoria, e com remissões bíblicas (eva, benjamim, etc), o filme é pleno de actualidade e questiona o futuro: o que vai ser da europa, o que vai ser do mundo, o terrorismo, a organização sócio-política, as relações entre os povos, as relações inter-religiosas, em causa o amanhã e o nosso futuro comum…

já agora: anda por aí uma discussão sobre um tal tratado constitucional da união europeia, que será referendado brevemente em França, e os resultados não se anunciam nada promissores para o futuro da união… reflexão precisa-se…

sem pele...

ver dadid mourão-ferreira
http://www.secrel.com.br/jpoesia/ag38branco.htm

colder

colder (I want you no more) / jay-jay johanson (poison, 2000)
clicar aqui para ouvir

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exercício 3:
respiração e movimento de pernas

esse abismo infinito

garden state relata o retorno de um jovem actor desconhecido à sua cidade natal (andrew largeman), motivado pela morte da sua mãe, depois de nove anos de ausência. andrew, dependente desde os nove anos de idade de lítio, foi passando pela vida num turbilhão de emoções até que a morte da mãe o inspirou a largar os comprimidos para ver o que aconteceria.

nesse regresso ‘large’ reencontra velhos conhecidos por todas as esquinas; todos com vidas idiossincráticas e empregos peculiares, como coveiros, reis do império do fast-food e mestres na arte dos esquemas em pirâmide. em casa, large faz tudo evitar confrontar-se com o pai.

por um golpe do destino, large conhece sam, uma rapariga que é tudo o que ele não é: uma explosão de cor, esperança e excentricidade. de pé atrás, large acaba por sucumbir ao afecto e à bravura de sam, abrindo o seu coração para a alegria e para o sofrimento que fazem parte da vida.

este é um daqueles filmes que deixa um sabor agridoce, ora se mostra com um potencial enorme, com construções de ambientes lo-fi e atomosferas discretas e despretensiosas, que dão um carisma peculiar e maior realidade e verosimilhança aos acontecimentos, deixando o brilho para as interpretações, especialmente de zack braff, natalie portman e peter sarsgaard, ora revela um pouco aquilo que se pode designar por uma premissa simples e lamechas: a do jovem que volta à sua terra natal e faz as pazes com tudo e com todos e com a vida, descobrindo a capacidade de amar e o amor.

mas há alguns apontamentos interessantes, tais como o casal que vive num ‘barco’ junto a um ‘fenómeno geológico’, no qual iria ser construído um centro comercial, e que se dedicam a investigar esse ‘abismo infinito’ como lhe chamam, e a quem lhes basta na vida simplesmente o facto de viverem ali em comum com a filha de ambos, afastados do resto do mundo. que mais se pode querer? pergunta o membro masculino do casal. depois de os protagonistas se encontrarem com este casal, despedem-se desejando-lhes boa sorte nesse ‘abismo infinito’. esse ‘abismo infinito’ que é afinal a vida…

e há também lugar aos confrontos e indagações geracionais, a (des)identificação com os outros, com o grupo, ou se se quiser com os ditos ‘normais’, quando andrew refere que sente que não fez na sua infância / juventude aquilo que é normal ou suposto fazer, ou aquilo que os amigos fizeram…

entre outros pormenores, cuidadosamente trabalhados… mas para isso só vendo o filme e ouvindo a banda sonora que também é interessante

aforismo

poema de vítor oliveira jorge, 2005
mais sobre voj em:
http://architectures.home.sapo.pt/Vitor.htm
http://www.uc.pt/iauc/cea/membros/vjorge.html
http://sigarra.up.pt/flup/funcionarios_geral.FormView?P_CODIGO=214323

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exercício dois:
respirar e deslizar

mas isto nunca mais acaba?

histoire de marie et julien
o filme até é um bom filme, a história é envolvente, conta com uma actriz cativante, e até se sente uma ansiedade pelo desvendar do final da história... mas não era preciso uma ansiedade de cerca de 150 minutos... como diz jorge leitão ramos (expresso): "a fita é ardilosamente envolvente, mas talvez não precisasse de tão longa duração para levar a água ao seu moinho (...) perfila-se como um dos filmes de que nos vamos lembrar durante muito tempo."

os meus sentidos pêsames / sinceros parabéns...

foi absolutamente surpreendente e arrebatador este concerto de 'a naifa'
e através dele redescobri 'os sentidos pêsames' (gnr), agora com uma nova roupagem que dá nova vida a esta música, se bem que seja apenas versão para concerto e não esteja incluída no álbum. fica aqui então a versão original
sentidos pêsames / grn (os homens não se querem bonitos, 1985)
clicar aqui para ouvir

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exercício um
respiração: inspiração e expiração

triste e podre administração pública a nossa

um pouco na linha do que foi escrevendo pacheco pereira, aquando do governo de santana lopes: triste país o nosso, verifico a cada dia que passa que realmente parece que não há volta a dar-lhe. a administração pública e os serviços do estado central, regional (sejam desconcentrados, sejam descentralizados), e local estão moribundos, podres, e é um triste espectáculo a assistir à sua deambulação enquanto espera por melhores dias...

isto na sequência de uma deslocação em trabalho tendo em conta participação numa reunião da comissao mista de coordenação da revisão do plano director municipal de um dado concelho. primeiro as convocatórias perdem-se nos meandros burocráticos dos serviços das entidades que se deviam fazer representar na dita reunião, eliminando desde logo a presença de uma série delas. depois há aquelas instituições que não se fazem representar de todo e não informam nada. há também aqueles que anunciam no próprio dia da reunião, à hora que a dita devia começar, que não vão estar presentes. e há aquelas instituições que até se fariam representar mas das duas três: ou não têm viaturas de serviço para deslocação dos seus representantes, ou tendo-as não chegam para as solicitações, ou mesmo não têm sequer verbas pra combustível, sendo a mesma coisa que dizer que os seus representntes não aparecem nas ditas reuniões.

o caso curioso de hoje, o de um representante de uma instituição, que por sinal é a instituição que assume a presidência da cmc, que chegando atrasado, refere que daí a nada terá de se ausentar porque o serviço só dispõe de 3 viaturas, tendo ele usado uma delas para ali chegar, e que por motivos de outro serviço solicitado por colegas teria de voltar para disponibilizar a viatura para outros fins. é o cúmulo. e então não há reunião? houve... mas assim não vamos lá...

mind where you're going drake

vera drake, segundo a crítica, marca o regresso de mike leigh 'aos domínios do segredo e da intimidade, injectando um vigor inesperado ao "realismo britânico".

O seu grande segredo? O actor como matéria. Em parte, o realismo de "Vera Drake" é isto.' (...) leigh tira o tapete aos que chegam armados com um arsenal de ideias sobre o "realismo britânico".

a película é já uma das mais elogiadas e premiadas de leigh – conquistando as distinções de melhor filme e melhor actriz no festival de veneza e seis prémios da british independent film awards, entre outros galardões e nomeações (entre as quais nomeações para melhor realizador, melhor actriz e melhor argumento original nos óscares).

no entanto, se do ponto de vista formal, se apontam e reconhecem as virtudes do filme, do ponto de vista do seu conteúdo podem-se fazer alguns reparos, nomeadamente ao facto de durante largo período da trama o filme se centrar em passar uma imagem sobre as motivações nobres e dignas de vera drake, torna-se num dos pontos questionáveis do filme, ficando uma certa inverosimilidade sobre a exist~encia da personagem, até porque dificilmente será representativa do conjunto de indivíduos que praticam semelhantes actos (legalmente condenáveis na sociedade da época).

ainda assim, é um filme que merece ser visto, embora com algum distanciamento, mas total contemplação da exímia actuação de imelda staunton

mais crítica em:
http://cinecartaz.publico.clix.pt/comentario.asp?id=2543
http://cinecartaz.publico.clix.pt/filme.asp?id=120015

saturday night party

bem bom ;)

o fascínio de... um serão agradável

na sequência da assistência à conferência das leituras de planeamento da appla com vítor matias ferreira e o 'fascínio da cidade', e posteriormente o serão em amena cavaqueira com o 'autor e convidados'